Café com Linguagem do Sesi Senai VG discute racismo e discriminação (Sesi Escola)
Estudantes do Ensino Médio Integrado Sesi Senai de Várzea Grande participaram de uma manhã de reflexão e cultura, nessa terça-feira (19.11), durante a edição do Café com Linguagem – evento que reúne debates e apresentações culturais protagonizados pelos próprios alunos. Aproveitando a proximidade do Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro, a temática ficou em torno do racismo e da diversidade.
Para abordar questões sociais e de respeito, a programação contou com a participação de convidados especiais. O professor Flávio Aparecido Costa, do Sesc Pantanal, falou sobre sua trajetória e sobre a luta dos negros contra o racismo. “Não é a luta individual que vai transformar a sociedade e, sim, a luta coletiva, porque o racismo está dentro de estruturas maiores. Precisamos chamar a atenção da sociedade para que a gente reflita sobre a questão”.
Para ele, um recorte importante dentro da questão é a situação dos jovens negros, que têm dificuldade de acessar as políticas públicas e são grandes vítimas de violência. “Precisamos reconhecer que o jovem é o protagonista do futuro e, com isso, investir na educação – porque no papel e nos discursos políticos, ela é o canal para a transformação, mas não vemos os investimentos na prática”, apontou.
Neste aspecto, o professor lembrou que o Sesi e Senai estão no caminho certo, “pensando no jovem como o futuro do nosso país e do mundo. Somente por meio da educação é que teremos uma sociedade mais justa e igualitária”.
O músico e mestre de Capoeira, Josué Carvalho, fez uma apresentação especial e falou sobre ter consciência e respeito. “Não nascemos preconceituosos, isso nos é ensinado. Portanto, abram suas cabeças, retirem as vendas dos olhos: o racismo existe e precisamos combatê-lo”, enfatizou.
O estudante Joao Pedro Maciel, do 3º ano, destacou a relevância do tema proposto. “Nos trouxe importantes reflexões sobre a história dos negros na sociedade brasileira. Mas é preciso que essa discussão não seja feira apenas em um dia, como o da Consciência Negra. Precisamos nos preocupar todos os dias, falar sobre a falta de políticas de inclusão, enfrentar o preconceito. A mudança começa por nós mesmos”.
A coordenadora pedagógica da unidade, Luciana Brandão, explica que o evento faz parte da proposta do Sesi que visa o desenvolvimento integral do aluno. O objetivo é proporcionar aos nossos alunos momentos de se expressarem de diferentes formas que vai além da verbal.
“A instituição escolar deixou de ser um espaço onde se ensina apenas o conteúdo que estão nos livros didáticos. O protagonismo faz parte do nosso dia a dia e levamos em conta o que o aluno traz consigo, a sua experiência pessoal adquirida no seu grupo social. E certamente reflete o pensamento crítico que é importante para a vida do aluno e contribui para seu desenvolvimento”, finaliza.
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