Prevenção e combate: alunos do Sesi Escola participam de palestra sobre violência doméstica e assédio infantil

Aprendizagem (APA) das instituições
Os alunos do ensino fundamental e médio do Sesi Escola de Cuiabá e Várzea Grande participaram, na última semana, de um ciclo de palestras sobre prevenção e combate à violência doméstica e ao assédio infantil. A iniciativa integra o programa Ambiente Positivo de Aprendizagem (APA) das instituições realizada em alusão a campanha nacional Agosto Lilás, que conscientiza a população a respeito da violência contra mulher.
Ficaram à frente das temáticas a procuradora legislativa da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, Francielle Claudino Brustolin, e a advogada e assessora parlamentar da Procuradoria da Mulher, Mariana da Cunha Pereira.
Durante o bate-papo, foram abordados temas como os tipos de violência contra a mulher, tipos de assédio infantil, os impactos, prevenção e combate, além da rede de proteção. Para a aluna Maria Gabriela De Ávila, o momento foi de reflexão e aprendizado. Após assistir à palestra sobre combate à violência contra a mulher, ela saiu impactada com as informações apresentadas.
“Foi uma palestra muito importante, que trouxe um aprendizado marcante sobre a violência contra a mulher e o quanto esse problema afeta a nossa sociedade. Ouvir uma profissional falando de forma direta, apresentando exemplos, leis e as consequências para esse crime tão grave, foi uma experiência inesquecível. Esse conhecimento vai ficar registrado no meu aprendizado e, com certeza, vai ajudar a refletir e agir de forma consciente.”

que estimule respeito
O estudante Gustavo destacou a importância da ação na escola. “Quero agradecer à Assembleia por trazer essa campanha até nós. Foi uma experiência muito legal e interativa, que me ensinou bastante sobre cidadania e respeito às mulheres. Acredito que muitos alunos também se conscientizaram. Foi uma ótima oportunidade para aprendermos a respeitar uns aos outros e praticar valores universais. A Assembleia está de parabéns pela iniciativa”, afirmou.
Identificando os sinais de abuso
O estudante Felipe Antunes destacou a relevância do encontro. Segundo ele, a palestra sobre violência doméstica contribuiu para ampliar a compreensão sobre como identificar sinais de abuso, oferecer ajuda a crianças em situação de risco e compreender temas como abuso infantil, adultização e feminicídio. “Também tivemos a oportunidade de esclarecer dúvidas e entender melhor como agir diante dessas situações”, ressaltou.
Para a aluna Maria Edith, a palestra sobre o Agosto Lilás realizada na escola foi uma oportunidade valiosa de aprendizado e conscientização. Ela contou que o encontro ajudou a compreender melhor a gravidade da violência contra a mulher e o abuso infantil, problemas que muitas vezes são ignorados ou desacreditados. “Saber identificar sinais, agir diante de suspeitas, denunciar e buscar apoio da família são passos essenciais para enfrentar essas situações. É imprescindível que iniciativas como essa cheguem a outras escolas, contribuindo para reduzir os altos índices de feminicídio e violência doméstica”, afirma.

prática da violência
Educação que transforma
A procuradora legislativa da Assembleia Legislativa, Francielle, destacou a relevância de discutir temas como violência contra a mulher e violência na infância com o público jovem.
“É fundamental que eles recebam informações suficientes para se protegerem de situações de violência que podem acontecer ou já estarem vivenciando. Além disso, os jovens podem se tornar pontos de apoio e informação para a sociedade ao seu redor — seja dentro de casa, com amigos ou vizinhos. Quanto mais pessoas souberem identificar e compreender as implicações penais desses crimes, mais preparados estaremos para combater, com segurança, todos os tipos de violência”, afirma.
O gerente de Educação do Serviço Social da Indústria (Sesi MT), Fernando Pereira, ressalta que as escolas atuam sempre em defesa da vida e contra a prática da violência. “As escolas estão sempre trabalhando essas pautas para podar qualquer atitude em desacordo com a nossa cultura, pois prezamos por comportamentos saudáveis para o convívio na escola e em sociedade. Focamos em uma educação que transforma”, pontua.
Texto: Fernanda Nazário