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Sucesso do espetáculo Dom Quixote marca estreia da Companhia semiprofissional de dança do Sesi MT

08/07/2025 - 08h35
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Mais do que uma montagem de excelência técnica, a
apresentação selou o nascimento de um projeto
estruturante


O último fim de semana marcou um momento histórico para a cena cultural mato-grossense. No palco do Teatro da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o espetáculo Dom Quixote, com trilha ao vivo da Orquestra Sesi MT, celebrou com sucesso a estreia da Companhia Semiprofissional de Dança do Sesi MT, emocionando o público.

Mais do que uma montagem de excelência técnica, a apresentação selou o nascimento de um projeto estruturante, que une formação artística, valorização da juventude e democratização do acesso à cultura no estado.

Idealizada pelo Serviço Social da Indústria (Sesi MT), a Cia. Sesi de Dança foi criada com o propósito de oferecer oportunidade a bailarinos da comunidade e preencher uma lacuna na cadeia produtiva da dança em Mato Grosso, fortalecendo o setor fora dos grandes centros, como eixo Rio-São Paulo.

“Mais do que formar artistas, a iniciativa tem como missão transformar realidades por meio da arte. O Sesi tem investido continuamente em ações culturais que alcançam diferentes regiões do estado, promovendo inclusão e fomentando a economia criativa do Estado. Atuamos como catalisadores dessa proposta, unindo música de qualidade, dança e formação cidadã”, diz o superintendente do Sesi, Alexandre Serafim.

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Lucianna viveu um reencontro com a dança por meio do
projeto


Para o gerente de Cultura do Sesi, Fernando Pereira, o impacto de ações como essa vai muito além do entretenimento. “Quando o Sesi oferece espetáculos clássicos de forma gratuita, rompe barreiras, democratiza o acesso e inspira uma geração inteira a sonhar. Isso é transformação social real e duradoura”, reforça.

Parceria técnica

Atualmente formada por 16 bailarinos selecionados por meio de audição pública, a companhia oferece uma rotina de ensaios e orientação profissional. A coordenação durante o processo de criação deste time brilhante foi dividida entre dois nomes de peso no cenário nacional: Adriana Assaf, da Cia Paulista de Dança, e o coreógrafo cuiabano Yves Shinnyngr, referência em jazz dance. Ambos foram responsáveis pela direção artística do espetáculo Dom Quixote.

“Vejo esse grupo como uma promessa concreta de excelência artística. Trabalhamos com rigor técnico, mas também com escuta, acolhimento e desenvolvimento humano. A formação vai além da técnica — ela transforma vidas”, destaca Adriana Assaf.

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Laura veio de Lucas do Rio Verde para brilhar no palco
da UFMT


Para Yves Shinnyngr, a criação da companhia representa um marco para a cultura mato-grossense. “Com duas apresentações anuais já em curso, o objetivo é ampliar progressivamente até alcançar uma temporada com 12 apresentações por ano, consolidando o grupo como referência artística na região e impulsionando a cena da dança com excelência, inclusão e continuidade. Queremos consolidar o grupo como referência e movimentar o ecossistema cultural local com continuidade e excelência”, afirma.

Histórias de superação e amor à dança

A criação da Companhia também deu visibilidade a trajetórias inspiradoras como a da bailarina Laura Rufatto, de 14 anos, que começou a dançar aos três, na escola fundada por sua mãe no interior do estado, em Lucas do Rio Verde. Hoje, integra o elenco do Sesi.

“Morar no interior é um desafio para quem quer seguir carreira na dança. Oportunidades como essa são raras. O Dom Quixote me fez crescer muito, tecnicamente e como artista. Estou muito ansiosa com tudo que ainda vem pela frente”, diz.

Quem também veio de Lucas para brilhar no palco da UFMT é Ana Luiza Bragagnolo Falabretti, de 15 anos. Estudante do primeiro ano do ensino médio, ela conta que seu maior desafio é conciliar o ballet com os estudos. Além disso, ela “Mas a superação diária é o que mais me motiva. Entrar para a companhia foi um sonho realizado”, revela.

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O espetáculo, que emocionou o público no Teatro da
UFMT, é apenas o começo de uma jornada que promete
novos voos


Já a professora do Sesi Escola, Lucianna Rodrigues de Sousa Rocha, de 29 anos, viveu um reencontro com a dança por meio do projeto. “Voltei aos palcos depois de anos longe das aulas práticas. Foi desafiador, claro — o corpo muda, a rotina é puxada — mas redescobri minha paixão pelo balet. A cada conquista, mesmo que pequena, a alegria de dançar volta com força”, afirma emocionada.

Futuro promissor

Com a estreia bem-sucedida de Dom Quixote, a Companhia Semiprofissional de Dança do Sesi MT entra oficialmente para o circuito cultural do estado com um propósito claro: formar artistas, criar oportunidades, emocionar plateias e deixar um legado. O espetáculo, que emocionou o público no Teatro da UFMT, é apenas o começo de uma jornada que promete novos voos, mais histórias e muita arte em movimento.

Texto: Fernanda Nazário

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