Com enfoque na articulação entre cultura, ciência e desenvolvimento econômico, o Sesi Lab foi apresentado como case nacional de inovação cultural pela gerente de Desenvolvimento Institucional, Cândida Beatriz de Paula Oliveira, na manhã desta terça-feira (24.06), durante o Encontro de Gestores de Cultura e Esporte de Mato Grosso, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá.

O evento, realizado pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) em parceria com o Serviço Social da Indústria de Mato Grosso (Sesi MT), entre os dias 23 e 25 de junho, reúne cerca de 1.000 participantes e representantes de diversas regiões do estado, promovendo intercâmbio de experiências e fortalecimento de políticas públicas nas áreas da cultura e do esporte. No Painel 02 — “Cultura e o Esporte como Vetores de Desenvolvimento Econômico: Estratégias e Indicadores de Impacto”, Cândida compartilhou os fundamentos do Sesi Lab, museu de arte, ciência e tecnologia com sede em Brasília que opera como um espaço público de formação, experimentação e conexão com as transformações do mundo contemporâneo.

Com ampla trajetória em gestão pública e cooperação internacional, Cândida destacou o papel do Sesi Lab como iniciativa estratégica do Sistema Indústria. Desde sua criação, o projeto contabiliza mais de 540 mil visitantes e 100 mil estudantes atendidos em atividades educativas. Além disso, movimentou R$ 40 milhões na economia criativa, obteve reconhecimento internacional em fóruns como o G20 e o Conselho Internacional de Museus (ICOM), e se tornou referência nacional em ações voltadas à ciência, arte e inclusão.

A apresentação também simbolizou um novo impulso na parceria entre o Sesi Nacional e o Sesi Mato Grosso, ampliando a presença de ações culturais estratégicas no estado. Por meio do Programa Nacional de Cultura, o Sesi já apoiou mais de 700 iniciativas em todo o país, impactando diretamente 155 mil pessoas. Em 2025, o programa contemplará 98 projetos distribuídos pelos 27 Departamentos Regionais — três deles em Mato Grosso — com um investimento total de aproximadamente R$ 700 mil. O foco está na interiorização das ações, no fortalecimento da economia criativa local e na formação de novos públicos culturais.

“O que estamos construindo com o Sesi MT é mais que uma colaboração institucional. É um compromisso com o futuro da cultura, com a formação de jovens criativos e com o fortalecimento da economia criativa nos territórios. Cultura é também desenvolvimento”, afirmou Cândida.

O painel contou ainda com a participação de Luciana Adão (Oi Futuro – RJ), Fernando Mezzadri (UFPR) e Antonio Carlos Gomes (COB – DF), sob mediação de Keiko Okamura, da Secel-MT. O diálogo entre diferentes experiências revelou o potencial das parcerias entre Estado, iniciativa privada e sociedade civil para a criação de políticas públicas mais integradas e eficazes.

Sesi Lab: ciência, arte e tecnologia a serviço da aprendizagem

O Sesi Lab é um museu público sediado em Brasília, com foco na articulação entre arte, ciência e tecnologia. Localizado em um edifício de Oscar Niemeyer inteiramente restaurado, o espaço ocupa 7.500 m² e oferece uma programação que inclui exposições, oficinas, seminários, residências artísticas, ações itinerantes e atividades voltadas à cultura maker.

Com forte base educacional e compromisso com a democratização do acesso ao conhecimento, o equipamento tem como missão ampliar o repertório cultural e científico da população, especialmente de jovens e educadores. Seu trabalho se conecta a escolas da rede Sesi em todo o país e promove ações específicas em territórios periféricos.

Números de impacto:

• +540 mil visitantes
• +100 mil estudantes atendidos
• +257 mil pessoas alcançadas em ações itinerantes
• +R$ 40 milhões movimentados na cadeia da economia criativa
• Premiações nacionais e internacionais
• Atuação em rede com 23 regionais do Sesi

O Sesi Lab também atua como espaço de pesquisa, formação de professores, desenvolvimento de tecnologias educacionais e criação de conteúdos acessíveis. Seus programas são estruturados para gerar impacto cultural, econômico e social — com base em evidências, diálogo com os territórios e inovação contínua.

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Texto: Viviane Saggin