Com Robô Wall-E, Dumonters inicia rounds oficiais e agita arena do Festival Nacional de Robótica

Os últimos dias têm sido eletrizantes para os integrantes da Dumonters, do Sesi Escola Várzea Grande. Após montarem seus pits no Festival Nacional Sesi de Robótica, em Brasília, o robô da equipe, Wall-E, foi inspecionado por juízes da competição, que avaliaram suas medidas, entre outros aspectos do time. Com 13 kg e 30 cm de altura, o robô está apto para a disputa e já estreou nos rounds de teste e oficiais, agitando a arena do evento.
Na prova, os estudantes testaram suas habilidades e seu espírito de equipe com o robô imponente, desenvolvido com alta tecnologia, design eficiente e adequado às competições. A máquina foi programada para realizar tarefas em uma arena de competição no formato de aliança. A modalidade FIRST Tech Challenge (FTC) contribui para que os competidores desenvolvam habilidades como comunicação, resolução de conflitos, tomada de decisões e raciocínio lógico.
“A gente se aliou a outros times para, juntos, competirmos contra outras equipes. Essa aliança é denominada azul ou vermelha e precisa vencer o oponente. Cada partida começa com o período autônomo de 30 segundos, no qual o robô pode iniciar o jogo com um espécime ou amostra. Depois, damos início ao período teleoperado de dois minutos”, explica Pedro Rodrigues, engenheiro cadista do time.
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um robô altamente funcional. Foto: Carlos Juliani
O Wall-E
Para uma boa performance nas provas, os jovens trabalharam ao longo de meses no robô Wall-E. O processo envolveu design estrutural para garantir resistência e mobilidade, um sistema eletrônico implementado com sensores e atuadores de alta precisão e programação avançada, permitindo que o robô executasse tarefas complexas com eficiência e agilidade.
Um dos maiores desafios enfrentados foi a criação de um sistema de automação inteligente, capaz de tomar decisões estratégicas dentro da arena. Para isso, a equipe desenvolveu algoritmos avançados que permitiram ao robô reconhecer padrões, desviar de obstáculos e executar movimentos precisos para cumprir as missões exigidas. "Precisamos criar um código que possibilitasse uma resposta rápida e eficaz do robô. Foram meses de testes, ajustes e aprendizado", relata Pedro.

atuadores para que o possa responder rapidamente.
Foto: Fernanda Nazário
Os estudantes desenvolveram robôs de nível semi-industrial para competições. Para garantir um design eficiente, utilizam um sistema autoral que engloba desenho manual, modelagem CAD e testes físicos. Com apoio dos técnicos, a equipe integra conceitos de mecânica, eletrônica e programação para desenvolver robôs competitivos. Além disso, realizam cálculos estruturais e testes práticos para garantir a resistência e desempenho das peças.
O designer mecânico da equipe, Victor Hugo Costa Lopes, destaca a evolução do sistema de controle: "Na programação, desenvolvemos um controle automatizado, substituindo o acionamento manual de cada componente por um sistema de botões programados. Isso proporcionou mais agilidade e precisão nas partidas". Durante os testes do controle teleoperado, a equipe percebeu desafios na operação manual do robô e, por isso, aprimorou a interface, tornando-a mais intuitiva.
Para minimizar falhas durante as partidas, a equipe implementou um plano de contingência. Um terceiro controle de backup pode assumir todas as funções principais caso o principal falhe. Além disso, a função "Posição Zero" permite resetar o robô ao estado inicial caso um comando errado seja acionado.
“No modo autônomo, utilizam um controle proporcional baseado em sensores, que mede constantemente a posição e angulação do robô, ajustando os movimentos para maior precisão e eficiência.”, finaliza Victor Hugo.
Confira os integrantes da Dumonters: Breno Brito e Gabriel Barbosa (Programadores), Felipe Melo e Pedro Rodrigues (Engenheiros Cadistas), Gabriel Darcia (Marketing), Rafaella Fonseca (Patrocínio), Gabriela Reis (Mídias Sociais), Sofia Castillo (Financeiro), Sophia Ferreira (Projeto Social), Vitor Hugo Lopes (Design Mecânico), além dos técnicos Carlos Juliani e Juliano Duarte.
Texto: Viviane Saggin e Fernanda Nazário