Os estudantes do Sesi Escola Cuiabá e Várzea Grande, em Mato Grosso, criaram soluções inovadoras para competirem nos torneios regionais da FIRST LEGO League Challenge (FLLC) do Rio de Janeiro e de Brasília. Com o desafio Submerged, que foca na importância do oceano, os alunos embarcam para as cidades em busca de uma vaga na etapa nacional da disputa, que ocorre em 2025.

Prontos para a prova que ocorre nesta quarta e quinta-feira (04 e 05.12), os times BrotherHood, do Sesi Cuiabá, e Young Creators, da unidade de Várzea Grande, já estão no Rio de Janeiro. Com os ânimos à flor da pele, a garotada da BrotherHood acumula diversas vitórias em disputas dentro e fora do estado e vão para o campeonato com experiencia suficiente para uma boa performance.

“Nossa diferença está no design que otimiza o desempenho do robô, permitindo uma atuação com maior eficiência. Essa solução possibilita maior precisão durante os rounds, contribuindo significativamente para uma boa performance da equipe”, destaca o aluno Leonardo Araújo.

A turma trabalhou no projeto Cianoporte, uma garrafa no formato de cilindro que possibilita o transporte seguro e eficiente de cianobactérias dos recifes de corais até a superfície. A iniciativa busca criar um sistema que integre controle de pressão, temperatura e luminosidade, garantindo as condições ideais para a preservação e o estudo desses micro-organismos essenciais.

“Além de facilitar a coleta e análise das cianobactérias, o Cianoporte visa contribuir para a compreensão dos ecossistemas marinhos e o monitoramento da saúde dos recifes de corais, promovendo ações de conservação e recuperação ambiental”, explica o aluno.

Na mesa, a equipe Young Creators competirá com o robô cuja caixa de troca de marchas dispõe de dois motores que possibilitam conexões independentes para as garras. “Isso facilita o ajuste de cada missão, permitindo maior tempo na troca das garras”, destaca Guilherme Mileski.

Já o projeto do grupo fomenta uma experiência transformadora para os mergulhadores. “O Subverse é um produto que será alocado acima da cabeça dos mergulhadores, com seis câmeras espalhadas ao seu redor, capturando imagens do ambiente marinho. Essas imagens serão armazenadas em um cartão de memória e transferidas para a tecnologia de realidade aumentada, permitindo que o mergulhador vivencie seu mergulho quantas vezes quiser”, conta o jovem Ângelo Piffer.

Rumo a Brasília

Os times Brother Creatores, de Cuiabá, e Young Inventors, de Várzea Grande, embarcam para Brasília na quinta-feira. A competição ocorre na sexta-feira (06.12) e no sábado (07.12). Eles também são experientes em disputas regionais e nacionais, acumulando diversos prêmios nos últimos anos. Para esta temporada, as duas equipes vão com força total.

“Como estamos na Indústria 5.0, optamos por focar na inteligência artificial em nosso robô. Ele é inspirado em um polvo que tem quatro tentáculos, e o nosso robô dispõe de quatro saídas. Estamos ansiosas e focadas”, diz Alice Ferreira, da Young Inventors.

Além do robô, o time Brother Creatores vai levar um projeto inovador desenvolvido para auxiliar biólogos marinhos em estudos biológicos e ecológicos nos recifes brasileiros, além de possibilitar a coleta de dados morfométricos de polvos para pesquisas científicas, tanto em laboratório quanto em campo.

“Essas informações permitem aprofundar o conhecimento sobre a espécie Octopus insularis, essencial para a preservação e o equilíbrio do ecossistema em que vive”, detalha a integrante do time, Fabiana Arcanjo Pulchiero.

Texto: Fernanda Nazário