Roda de conversa no Sesi na Pista conscientiza alunos sobre saúde do homem e câncer de próstata
Para encerrar a programação do Novembro Azul do Serviço Social da Indústria (Sesi MT), os alunos do Sesi na Pista participaram, nesta quinta-feira (28.11), de uma roda de conversa fundamental sobre a saúde do homem. Eles tiveram a oportunidade de compreender os fatores de risco para o câncer de próstata, os comportamentos ideais para prevenir a doença e encerraram a ação com uma sequência de atividades físicas empolgante.
O médico do trabalho do Sesi MT, Ediney Espínola, conduziu o bate-papo e apresentou dados alarmantes. Segundo ele, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens no Brasil, e 25% dos casos são letais. “A cada 100 homens, 16 vão desenvolver a doença. A partir dos 50 anos, a incidência é maior”, explicou o médico. Ele destacou ainda que fatores como consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo, obesidade e sedentarismo aumentam o risco, além da predisposição genética.
Ediney reforçou que adotar um estilo de vida saudável, aliado a exames de rotina, é a principal arma contra a neoplasia. “Não podemos alterar os fatores genéticos, mas podemos mudar nosso estilo de vida para evitar essa realidade. Precisamos compreender a seriedade da situação e perceber que, ano a ano, o número de casos está aumentando”, enfatizou.
O policial militar Carlos Henrique Pizato, de 43 anos, corre há cinco anos e, ao lado da esposa, Lígia Conceição, de 48, é frequentador assíduo do Sesi na Pista. Ele fez questão de participar da roda de conversa por entender a importância do tema, já que seu avô faleceu aos 77 anos em decorrência do câncer de próstata. “É necessário quebrar esse tabu. Vejo que os homens têm vergonha e até preconceito, mas o exame para detectar esse tipo de câncer é imprescindível. Achei excelente essa oportunidade que o Sesi nos deu de ouvir uma palestra sobre o assunto”, afirmou.
Para Lígia, quanto mais informação, melhor. Ela acredita que o conhecimento é essencial para romper preconceitos. “Às vezes, quando a esposa ou a filha sugerem que o homem vá ao médico, ele resiste. Com um profissional alertando, é mais fácil, pois ele tem embasamento e poder de persuasão”, comentou sobre a presença do médico na aula de quinta-feira.
Além de ouvir as orientações, Wagner Aparecido, de 41 anos, interagiu com questionamentos sobre a doença. Ele confessou que, até então, não se preocupava tanto com a própria saúde quanto sua esposa. “A gente, como pai, acaba se preocupando mais com os filhos do que com a própria saúde. No entanto, isso não pode continuar assim”, refletiu o aluno.
Texto: Fernanda Nazário
Fotos: Rayane Gazola