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Trilhas do Sabor: Sesi MT e TRC capacitam mulheres na gastronomia social

25/11/2024 - 14h57
gastronomia social
Florinda Maria de Santa Paz ficou encantada com o
conteúdo aplicado durante a formação.Foto: Divulgação

Na comunidade rural de Vila Aparecida, em Cáceres, uma chama de esperança e transformação foi acesa para 23 mulheres por meio do projeto Trilhas de Sabor. A iniciativa, realizada pelo Serviço Social da Indústria (Sesi MT) em parceria com a empresa TRC, que ocorreu nos dias 18 e 23 de novembro com as integrantes do grupo Damas da Terra, proporcionou aprendizado e abriu novas perspectivas sobre autonomia, empreendedorismo e o poder transformador da união.

De mãos calejadas pelo trabalho no campo e um brilho de curiosidade nos olhos, sentou-se à mesa pela primeira vez no curso da Escola de Gastronomia Social. Ela, que prefere ser chamada de trabalhadora rural, confessa que a experiência foi mais do que uma aula de culinária. "A professora não ensinou só receitas, mas também nos mostrou como lidar com a vida, como reaproveitar o que temos em casa e transformar em algo novo. Foi como uma conversa que me fez enxergar meu valor", simplesmente.

Ao seu lado, Eliane Cristina Cuiabano, de 53 anos, dona de casa e pensionista, contou os dias de formação como uma jornada revelada. “Aprendi muito mais do que cozinhar. Foi uma experiência que me mostrou como posso produzir mais em casa e melhorar minha vida pessoal. A professora nos ensinou com tanto cuidado, nos incentivou a olhar para a nossa realidade com outros olhos", destacou com gratidão.

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Curso proporcionou aprendizado e abriu novas perspectivas
sobre autonomia e empreendedorismo.
Foto: Divulgação

Promovendo mudanças com saberes e sabores

Durante a capacitação, as alunas aprenderam técnicas de reaproveitamento integral dos alimentos, produção sustentável e formas de empreender na gastronomia. Para Fernando Pereira, gerente de Inovação Social e Cultura do Sesi MT, o impacto vai além das receitas. “Estamos criando caminhos para que essas mulheres descubram novos potenciais. Elas não só aprendem a cozinhar, mas valorizam a cultura alimentar local, fortalecendo a identidade de suas comunidades e gerando oportunidades”, afirmou.

A TRC, apoiadora do grupo Damas da Terra, trouxe sua visão de responsabilidade social para o projeto. Adriano Teixeira, gerente administrativo e de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), destacou que a parceria pode ser um exemplo de como instituições criam impacto. “O treinamento promove o empoderamento, oferecendo ferramentas para que essas mulheres possam expandir suas possibilidades no mercado local e, quem sabe, além dele”, explicou.

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O projeto "Trilhas de Sabor" ensina a importância da
alimentação saudável e sustentável. Foto: Divulgação

Sabores de empatia e acolhimento

Entre receitas que misturam técnicas modernas com tradições locais, as mulheres da Vila Aparecida também compartilharam histórias, esperanças e ressignificaram o dia a dia. Marina Batista de Farias, de 51 anos, encontrou no curso uma oportunidade de aprendizado para levar ao grupo de sua igreja. “Não foi para vender, mas para fazer algo diferente, algo bonito em nossas reuniões. A experiência foi única, e já quero participar da próxima", comentou com entusiasmo.

Já Cristiane Duarte, mãe e esposa de 44 anos, disse que o curso superou suas expectativas. “Foi maravilhoso. Para mim, que tenho algumas limitações, significou muito. Se tivesse mais vezes no ano, seria perfeito”, afirmou.

Compartilhando experiências

O grupo Damas da Terra, composto por mulheres da zona rural, foi um ponto-chave para o sucesso do projeto. Elas trouxeram saberes ancestrais, conectando o passado ao futuro por meio da troca de experiências e aprendizados. Essa união reflete o impacto coletivo que iniciativas como Trilhas de Sabor podem gerar: empoderamento, valorização cultural e fortalecimento econômico.

Mais do que um curso, o projeto é uma celebração da força feminina e da solidariedade. Com cada prato preparado, as participantes reveladas que cozinhar é também um ato de transformação — de ingredientes, de realidades e de sonhos. “Aqui aprendemos mais do que técnicas. Descobrimos que juntas podemos muito mais”, concluiu Florinda.

Texto: Viviane Saggin

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