Aula de campo explora o patrimônio histórico-cultural de Cuiabá
Cerca de 40 estudantes do Ensino Médio, do Sesi Escola Cuiabá, acompanhados de seus professores, fizeram uma visita pedagógica ao Centro Histórico da Capital mato-grossense, na terça-feira (05.11). A atividade, que faz parte da Prova Integradora da área de Linguagens: Imersão na Cultura Regional”, consistiu em um roteiro de intervenções históricas e artístico culturais em ruas e praças dessa região da cidade.
O percurso teve início na Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito onde os professores abordaram os fatos históricos desde o período da colonização, traçando uma linha do tempo, passando por locais como calçadão, museus e biblioteca. O centro histórico de Cuiabá reúne os primeiros monumentos e o casario construído nas vias urbanas abertas a partir da descoberta de ouro, em 1721, que compõem o conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico de tombado pelo Iphan, em 1973.
A arquitetura da área urbana inicial, como em outras cidades históricas brasileiras, é tipicamente colonial, mas com o tempo sofreu modificações e adaptações a outros estilos (neoclássico e eclético, entre outros).
O centro relaciona-se com a configuração urbana construída até o final do período colonial e corresponde à área central da capital do Estado de Mato Grosso. Em cada espaço histórico-cultural do Centro Histórico, os alunos tiveram conheceram sobre os patrimônios materiais e imateriais.
Com um roteiro que incluía visitas a monumentos e locais históricos, como a Igreja de São Benedito, o Museu da Imagem e do Som Lázaro Papazian (Misc), o calçadão histórico o Palácio da Instrução, finalizando o roteiro no Museu De Arte Sacra de Mato Grosso os alunos puderam observar para além arquitetura colonial marcada no centro histórico e entender o contexto de cada ponto.
Para Pedro Paulo dos Santos, do 2º ano, a visita foi um momento especial de conexão com a cultura local. “A visita ao centro histórico de Cuiabá foi uma oportunidade única para conhecer a nossa cultura e entender melhor a história da cidade. Ver de perto construções antigas e monumentos que marcaram o passado nos faz perceber a riqueza cultural que temos. É muito importante conhecermos e discutirmos o passado e o presente,” destacou ele, entusiasmado com a experiência.
Antônio Otávio compartilhou uma reflexão sobre o valor dessa experiência fora da sala de aula. “O mais interessante foi aprender sobre a arquitetura colonial e os detalhes preservados até hoje. Esse tipo de aula nos conecta com o que estamos estudando e desperta muito mais interesse. Como a professora ressaltou, passamos todos os dias por esses espaços e não nos damos conta de o quanto eles são importantes e contam a história da nossa cultura. Foi muito bom conhecer mais sobre como era nossa Capital e como ela se transformou,” afirmou.
Letícia Pereira, aluna do 1º ano, também destacou como a aula de campo contribuiu para fixar o conteúdo de forma prática e dinâmica. “Gostei muito de visitar os pontos históricos. A aula de campo é muito mais dinâmica, e isso nos ajuda a memorizar melhor o conteúdo. Vou citar um exemplo que foi a redação do Enem, que versou sobre a importância da valorização e do conhecimento sobre as culturas antigas e a história do nosso passado,” explicou Letícia, relacionando a experiência com temas atuais.
Para Manuelle, do 2º ano, a atividade reforçou o sentimento de pertencimento e respeito pela história local. “Foi emocionante andar pelas ruas antigas de Cuiabá e ouvir as histórias que construíram a cidade. A experiência ajudou a fortalecer o meu sentimento de pertencimento e valorização pela cultura local,” concluiu.
A coordenadora pedagógica da unidade escolar, Heloísa Borges, destaca que as aulas de campo são mais do que uma simples visita; representa um mergulho na história viva de Cuiabá, estimulando os alunos a enxergarem a cidade de forma mais atenta e a valorizar o patrimônio histórico-cultural. “Envolvemos disciplinas como História, Língua Portuguesa e Geografia, levantando aspectos importantes do Centro Histórico. É uma ação importante porque fortalece o protagonismo estudantil, o senso crítico e a consciência história da nossa cidade através das intervenções dos professores ao longo do percurso.”
Texto: Viviane Saggin