O que a matemática tem a ver com arte? Tudo. No Sesi Escola Várzea Grande, a disciplina ganhou um contorno divertido ao misturar formas geométricas, cores e cultura mato-grossense em uma única atividade. Para além de cálculos, os alunos do 1º ano do ensino médio mergulharam no universo artístico e vivenciaram uma experiência enriquecedora com pinturas em tela.

Inspirados em linhas, pontos, círculos, elipses, parábolas e outras formas geométricas, os estudantes foram autores de obras que evidenciam a beleza regional. Em destaque estava a queridinha do Pantanal, a onça-pintada. Os desenhos também trouxeram a beleza exuberante do tucano, a presença imponente da viola de cocho, a doçura do caju, a simpática capivara e as figuras misteriosas do folclore estadual.

Para Nathan Fernandes, da turma de mecatrônica, a aula despertou sua criatividade e ainda vai auxiliá-lo durante a prova. “Desenhar em tela foi muito legal. Isso facilita lembrar as formas geométricas e as fórmulas para fazer cálculos de área e perímetro”, acredita o jovem.

Dar cor aos rascunhos transformou a sala em um palco de aprendizado diferenciado. A aluna de mecânica, Pietra Vilela, se divertiu tanto que se sentiu em um ateliê. “Na primeira aula, nós revisamos as formas e a simetria, e começamos a fazer o esboço. Já agora, no segundo encontro, foi muito divertido. Demos vida aos nossos desenhos por meio das cores. Os alunos estavam engajados e entusiasmados com o resultado da pintura”, conta a aluna.

Benicio Antônio, da mecânica, ficou feliz com a atividade porque descomplicou um tema difícil de fixar na memória. “O aprendizado ficou mais dinâmico e menos teórico, o que ajudou a gente a entender melhor alguns conceitos de um jeito mais prático. Gostei de usar a imaginação, isso fez o conteúdo parecer menos complicado e mais acessível, o que aumentou a nossa motivação para participar”, diz Benicio.

O professor da turma, Matheus Silva, explica que a atividade reuniu conteúdos de Matemática, Artes, Ciências Humanas e Linguagens, proporcionando uma aprendizagem interdisciplinar e eficaz. “Em uma atividade, conseguimos ensinar na prática os conhecimentos de geometria, estimular a compreensão da arte regional e sua relação com aspectos culturais e sociais. Os alunos também desenvolveram análise crítica, habilidades manuais e artísticas”, destaca Matheus.

Texto: Fernnanda Nazário

Fotos: Divulgação