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Sesi Escola Cuiabá: Prova Integradora ressalta a importância do trabalho colaborativo e interdisciplinar

19/09/2024 - 10h00
prova integradora
As apresentaççoes de dança e múscia foram um dos
pontos altos do evento. Foto: Viviane Saggin

Quem visitou a exposição dos trabalhos da prova integradora dos estudantes do ensino médio do Sesi Escola Cuiabá, realizada na quarta-feira (19), teve a oportunidade de explorar a rica diversidade cultural e gastronômica de Mato Grosso. Com o tema “Ciências Humanas em Ação: Imersão na Cultura Regional”, o evento apresentou uma vasta gama de tradições e sabores locais, como Congada, Boi à Serra, Siriri, Cururu, além de iguarias típicas como arroz carreteiro, pacu assado, mariaisabel, bolo de arroz, entre outros.

Os alunos pesquisaram sobre as tradições regionais e deram vida aos projetos com roupas, acessórios e decoração criados por eles mesmos. A preparação de pratos típicos e a animação dos tradicionais lambadão e rasqueado proporcionam uma experiência imersiva e vibrante. As apresentaççoes de Siriri e rasqueado foram um dos pontos altos do evento, com os estudantes sendo aplaudidos de pé pela plateia que lotou o auditório. A banda da13° Brigada de Infantaria Motorizada do Exército deu show com repertório regional.

Os avaliadores das apresentações incluíam alunos do ensino fundamental, professores, trabalhadores da unidade e outros visitantes. Maria Júlia Rondon, 18, estudante do curso Técnico de Administração com ênfase em Informática no Senai Bom Futuro, elogiou o evento:

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Maria Júlia Rondon (à direita) elogio o desempenho e
colaboração dos estudantes. Foto: Viviane Saggin

"Eu achei incrível. Os jovens apresentaram muito bem, com uma desenvoltura que eu não tinha na idade deles. Alguns até prepararam a própria comida para degustação, o que é impressionante para a idade deles. Não vimos nenhuma apresentação ruim, todos foram claros e seguros. O projeto é muito colaborativo e integrador. Estou impressionada com a capacidade deles de falar com tanta propriedade sobre o que estudaram."

Antônio Otávio, 16 anos, do 2° ano M10, falou sobre a preparação para a prova integradora, na qual seu grupo de seis alunos apresentou o tema "A Dança dos Mascarados de Poconé". Ele destacou que o projeto foi interessante, principalmente por aprofundar o conhecimento sobre a cultura de Mato Grosso. Antônio comentou que, antes da pesquisa, ele não conhecia a dança e que o grupo realizou várias entrevistas e buscou informações no Sesc Arsenal. As roupas usadas foram trazidas de Poconé.

Thiago Ferreira, colega de Antônio, acrescentou que, embora seja de Cuiabá, sua mãe é de Poconé, o que facilitou o contato com a cultura local e ajudou o grupo no trabalho. “Minha mãe foi quem trouxe as roupas da cidade para a apresentação”, pontuou, destacando o papel fundamental da família no apoio às atividades da escola.

Um dos grupos, composto por seis meninas, apresentou a dança da Congada como parte de uma prova integradora. Maria Fernanda Magalhães, de 16 anos, explicou que a Congada é uma festividade afro-brasileira que mistura tradições africanas e católicas, celebrando São Benedito, Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia.

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Todos alunos trabalharam juntos, o que tornou o projeto
ainda mais especial. Foto: Viviane Saggin

Nátaly Cley, também de 16 anos, acrescentou que o grupo escolheu o tema na sala de aula e realizou uma pesquisa detalhada, criando um vídeo explicativo sobre os passos, instrumentos e figurinos da Congada. “Preparamos um vídeo, trazendo uma maquete que ilustra a festividade. Além disso, participamos da apresentação de rasqueado.”

Maria Eduarda Goulart, 17 anos, do 2° ano M10, apresentou com seu grupo de três meninas e três meninos a tradição do Bumba Meu Boi. Eles destacaram a decoração do estande, que incluía fogueiras e bandeirolas típicas da festa. Maria Eduarda explicou a história por trás do Bumba Meu Boi, que começa com uma mulher grávida desejando língua de boi. Seu marido mata o boi mais bonito, deixando o dono muito triste. Rituais realizados por pajés levam à ressurreição do animal, e a festa celebra esse momento.

"Foi muito legal participar desse evento, com os alunos apresentando para pessoas de fora. O grupo foi bem-organizado, com todos colaborando na decoração, montagem do estande e apresentações. Todos trabalharam juntos, o que tornou o projeto ainda mais especial", declarou.

Criação de ritmos e batidas: A versatilidade do DJ na cultura regional

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Entre os projetos da prova integradora, um tema se destacou
por sair do convencional: A versatilidade do DJ

Entre os projetos da prova integradora, um tema se destacou por sair do convencional. Isadora Vieira, do 2° ano M61, explicou que seu grupo escolheu "DJ: Criação de Ritmos e Batidas" para explorar a função do DJ na música, com um foco especial no lambadão – uma fusão de ritmos como merengue, salsa e carimbó. "O DJ não só mistura sons, mas representa a evolução e conexão entre tradições musicais e o cenário contemporâneo. Esse projeto nos ensinou não apenas sobre a cultura de Mato Grosso, mas também nos ajudou a desenvolver habilidades fundamentais, como o trabalho em equipe, a comunicação e o planejamento estratégico", comentou Isadora.

Manuela Pedrotti complementou explicando a importância da organização do grupo: "Fizemos uma lista de materiais e definimos o que precisávamos adquirir. O projeto foi uma ótima oportunidade de entender que o DJ não se limita a fazer remix; ele é crucial na criação musical, inclusive em ritmos regionais como o lambadão e até no sertanejo. Muitas pessoas não percebem que o DJ une os elementos de uma música – som, voz e batidas – para criar algo coeso e inovador, moldando o que ouvimos hoje."

O projeto trouxe à tona a relevância do DJ na preservação e evolução dos ritmos tradicionais, enquanto mostrou como ele conecta o passado ao presente musical, fazendo parte de um processo criativo que muitas vezes passa despercebido.

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A atividadepromove aprendizado integral e colaborativo

Trabalho colaborativo e multidisciplinar

Érica Meirelli, professora de Ciências Humanas, destacou o caráter colaborativo e detalhado da Prova Integradora: "Antes da apresentação final, os alunos passaram por uma pré-banca e participaram de uma imersão na cultura regional. O engajamento foi impressionante, com 98% de participação. Seguimos um cronograma rigoroso, dividindo as etapas por áreas de conhecimento, como Ciências da Natureza, que teve uma semana dedicada. Para garantir a participação de todos, aqueles que não cumpriram os prazos tiveram desconto na nota", explicou.

Ela ressaltou que o evento é o resultado de dois meses de trabalho árduo, e não de uma semana. O projeto começou no início do ano, com todas as disciplinas propondo suas contribuições. Ciências Humanas liderou o projeto no terceiro bimestre, mas envolveu também Ciências da Natureza, Matemática e Linguagens. Cada grupo desenvolveu tarefas específicas, como projetos de sustentabilidade e vídeos explicativos, acessíveis por QR codes, para enriquecer a experiência dos visitantes.

A Prova Integradora é um exemplo de trabalho multidisciplinar, unindo conteúdos de diferentes áreas. Durante o evento, os professores, com blocos de anotações em mãos, observaram cada estande para avaliar a aplicação dos conceitos biológicos e sustentáveis e o desempenho geral dos grupos.” O foco foi garantir que as apresentações não apenas refletissem o conhecimento interdisciplinar, mas também que fossem relevantes e bem elaboradas, promovendo aprendizado integral e colaborativo”, completou a coordenadora pedagógica da unidade, Heloísa Borges.

Texto: Viviane Saggin

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