Alunos mergulham na cultura e gastronomia mato-grossense durante Prova Integradora
Os alunos do ensino médio do Sesi Escola Várzea Grande mergulharam no universo cultural e gastronômico mato-grossense durante mais uma Prova Integradora. Eles colocaram em prática todo o aprendizado obtido no último bimestre e fizeram da atividade um verdadeiro espetáculo artístico-educacional.
Quem passava pela quadra da escola era atraído pelo tradicional lambadão e rasqueado, que embalavam a apresentação dos estudantes. Já os amantes da saborosa culinária regional foram fisgados pelo agradável cheiro de pacu assado, mojica de pintado, paçoca de pilão, baguncinha, maria isabel, escaldado, entre outros pratos apetitosos preparados especialmente pelos estudantes.
O grupo de Davi Gabriel ficou responsável pelo pacu assado. Quando o time recebeu a missão, a preocupação foi inevitável, mas o jovem conta que eles se reuniram, fizeram pesquisas e tiveram o apoio fundamental dos professores e da mãe de uma das integrantes da equipe.
“Estudamos o contexto histórico, filosófico e geográfico do prato, além dos impactos ambientais com a pescaria predatória e poluição dos rios. Analisamos ainda soluções para esses impactos. Foi um desafio chegar a este resultado, que, sem dúvida, vai contribuir para o nosso futuro”, afirma Davi.
A aluna Maria Eduarda Souza sempre comeu mojica de pintado, porém nunca se aprofundou na história da iguaria e muito menos havia preparado o prato. Na Prova Integradora, ela colocou a mão na massa e, ao lado dos colegas de sala, foi protagonista da atividade, explicando cada etapa do exercício. “Foi superlegal aprender mais da nossa cultura. Fazer essa comida foi nostálgico, me levou à infância”, diz Maria.
Os avaliadores das apresentações eram compostos por alunos do ensino fundamental, professores, trabalhadores da unidade, entre outros visitantes. A inspetora Adriana Silva saiu do tour encantada com a performance dos alunos. Ela experimentou a maria isabel com farofa de banana. “Eles foram maravilhosos. O prato estava bem temperado, saboroso, e a apresentação da história por trás do prato foi cativante”, parabeniza Adriana.
Além de brilharem na culinária, os jovens criativos se destacaram na explicação e exposição das diversas manifestações culturais do estado, como a história do siriri e cururu, da viola de cocho, do ganzá, dos times de futebol Cuiabá, Mixto e Operário. Houve ainda uma imersão no amado time Cuiabá Arsenal, na colorida dança dos mascarados e muito mais.
“Poder dançar o rasqueado e conhecer os instrumentos que compõem essas danças foi uma experiência muito interessante e gratificante, que trouxe para mim uma visão mais ampla da cultura mato-grossense”, avalia o estudante Murilo Henrique Almeida.
A Prova Integradora é resultado do trabalho multidisciplinar de diversas áreas. A atividade reúne conteúdos de ciências da natureza e ciências humanas. Os professores, com seus bloquinhos de anotação, observaram cada barraca, anotando se os grupos consideraram as questões biológicas e sustentáveis na atividade, além de avaliarem o desempenho deles nas apresentações.
A coordenadora do ensino médio, Cássia Barbueno, explica que a Prova Integradora é um requisito para a conclusão do semestre e estimula os alunos a desenvolverem uma série de habilidades, que começam pela pesquisa, tomada de decisões, envolvimento com a comunidade, desenvolvimento de um produto e apresentação para a sociedade.
“Os alunos estão bastante engajados. É possível ver a magia no olhar deles. A garotada aprendeu a trabalhar em equipe e a desenvolver projetos. O objetivo é promover um ensino de qualidade e torná-los protagonistas da aprendizagem. Com essa prática, eles saem do ensino médio aptos para os desafios do futuro”, pontua Cássia.
Texto e Foto: Fernanda Nazário