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FarmDay: Aula de campo em fazendas proporciona imersão de alunos na rotina agroindustrial

25/07/2024 - 11h29
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Uso integral do algodão encantou os discentes.

Alunos do ensino médio do Sesi Escola Cuiabá vivenciaram na prática a rotina de empreendimentos agrícolas e agroindustriais. Eles visitaram, na quarta-feira (24.07), a lavoura, algodoeira, armazém de grãos, biofábrica, entre outros espaços em Campo Verde. A garotada conheceu de perto as práticas tecnológicas, inovadoras e sustentáveis utilizadas no setor.

A iniciativa FarmDay é resultado de uma parceria entre o Serviço Social da Indústria (Sesi MT) e o Instituto Farmun, proporcionando um dia de imersão nas fazendas do Grupo Bom Futuro. A programação incluiu instruções de segurança, visitas à algodoeira, lavoura, biofábrica de fungos e indústria de beneficiamento de sementes para a fábrica de ração, ao armazém de grãos, observação de maquinários, sessão de filme e bate-papo.

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Nathaly ficou satisfeita com a imersão.

Ao chegar na algodoeira, o grupo de aproximadamente 40 alunos ficou extasiado com a utilização integral da planta colhida no campo. O algodão chega com folhas, caule e sementes. Após ser beneficiado, são gerados subprodutos, como fibrilha e resíduos extraídos, que são utilizados para fazer tecidos grossos. O caule é compactado e usado tanto para alimentação animal quanto para queima.

Já o caroço do algodão é espremido para retirada do óleo, que pode ser transformado em produto de cozinha ou biodiesel. Após a extração, o caroço residual é triturado e misturado com outros grãos, sendo então comercializado como ração animal.

“Achei fantástico descobrir que existe óleo de algodão. Eu não sabia dessa versatilidade do material. A gente tem uma visão distorcida do agro, mas essa aula de campo me mostrou que o setor está moderno, aliado à sustentabilidade e tecnologia. Eu achava que o ciclo era somente plantio, colheita e venda, mas tem todo o processo de fabricação de outros subprodutos”, destaca Nathaly Clay, 17, do 2º ano.

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Ana sonha em ser agrônoma.

A FarmDay aumentou o desejo de Ana Luiza Marques, 16, 2º ano, de ingressar na faculdade de agronomia. Quando soube da visita, a jovem conta que ficou ansiosa e contava os dias para embarcar na aventura. “Fiquei chocada com a proporção de tudo, principalmente com a lavoura, que a gente perde de vista. Ela é linda e branquinha”.

Encantado com o maquinário de uma das fazendas, Enrico Bermejo, 16, do 1º ano, ficou eufórico ao ver a colheitadeira. “Quando você vê em fotos e vídeos, não imagina o tamanho desses equipamentos. São incríveis”, elogia o jovem, que saiu da aula ainda mais apaixonado pela temática. “Sempre compreendi o agronegócio e agora entendo mais ainda porque é o setor que alimenta as famílias brasileiras”.

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Michel conduziu a visita e destacou os empregos
disponíveis no agronegócio.

“Promover uma experiência educacional enriquecedora é fundamental para o desenvolvimento pessoal e profissional dos alunos”, destaca a coordenadora do ensino médio do Sesi Escola Cuiabá, Heloisa Borges. Ela conta que o objetivo de ampliar a visão da garotada foi alcançado com sucesso, porque eles sugeriram incluir outras carreiras identificadas nas fazendas na feira de profissões que será realizada ainda este ano na escola.

“Saímos daqui felizes com o resultado da atividade, pois vimos o quão importante é valorizar o protagonismo dos alunos para despertar neles a curiosidade que, no fim, resulta em uma aprendizagem mais eficiente”, diz Heloisa.

Novas profissões à vista

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Jovens conheceram a produção agroindustrial.

A vivência no campo oportunizou aos alunos a chance de conhecerem as profissões desempenhadas na fazenda para além da agronomia. Durante as andanças pelos empreendimentos, o diretor executivo do Instituto Farmun, Michel Muniz, apresentou a evolução do agronegócio e as novas oportunidades de trabalho, como eletricista de máquinas agrícolas, analista de sistemas e piloto de drone. Com o avanço tecnológico, o setor está se automatizando e isso tem demandado outros perfis profissionais.

“Os jovens de hoje não são muito atraídos pelo sol e terra. Eles gostam mais de tecnologia e esse dia na fazenda vem também para desmistificar o trabalho no campo, para mudar a perspectiva deles em relação ao mercado de trabalho”, diz Michel, que acredita que o aumento da mão de obra qualificada no estado surgirá a partir de práticas como essa. “Muitos estudantes vão para subempregos por falta de informação e acesso. Por meio da nossa ação queremos mudar essa realidade”, conclui.

Texto e fotos: Fernana Nazário

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