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Trajetória de medalhistas olímpicos inspiram alunos a superarem desafios

10/05/2024 - 16h22
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Alunos ao lado de seus ídolos do esporte.

Os estudantes do Sesi Escola Cuiabá e Várzea Grande ficaram eufóricos quando os medalhistas olímpicos Maurren Higa Maggi, Vicente Lenílson e Maurício Vinícius, o Duda, chegaram nas unidades de ensino. Os atletas participaram, nesta quinta e sexta-feira (09 e 10.05), de um bate-papo descontraído com a comunidade escolar. Na oportunidade, eles falaram sobre suas trajetórias no esporte, os maiores desafios e conquistas ao longo da carreira.

A trajetória de Vicente, que conquistou prata e bronze nos revezamentos 4x100 metros nas Olimpíadas de Sydney-2000 e Pequim-2008, serve de inspiração para o promissor Lucas Gabriel Leite. Aos 16 anos, Lucas é um destaque nos 100 e 200 metros rasos e lidera o ranking nacional na categoria sub-17. Nos próximos dias 19 e 21 de maio, ele competirá na cidade de Aracaju, Sergipe, durante os Jogos Escolares Brasileiros, buscando consolidar seu talento no cenário nacional. “Sigo o Vicente desde que comecei a treinar. Assisto na internet todas as provas que ele participou e me inspiro nelas quando vou competir”, conta Lucas.

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Maurrem e Dura durante conversa com os alunos.

Apesar de a geração atual não ter presenciado as conquistas desses ícones do atletismo nacional, a maioria conhece o brilhante legado que o trio deixou nas competições, mas chegar até o pódio exigiu trabalho árduo. Vicente contou às crianças que enfrentou muita dificuldade, mas nunca desistiu de seu sonho. “Eu tinha 17 anos, era mecânico de moto e achava que era tarde demais para me tornar atleta. Depois de muitas portas fechadas, alguém acreditou em mim: o coveiro da minha cidade. Ele foi meu primeiro patrocinador. Isso mostra que não importa como a gente começa, o importante é começar”, incentiva o medalhista.

Além de seus pais e o coveiro, um professor de Vicente também o encorajou no mundo do esporte. “Quando disse a ele que era pobre e morador de comunidade, prontamente me respondeu que o esporte é para todos, independente da classe social, da cor da pele, do tamanho e do peso. Esse professor foi quem plantou um sonho em mim, e eu decidi torná-lo realidade. Prova disso são as medalhas expostas aqui. Por isso, não desistam dos seus sonhos”, aconselha o atleta, que hoje mora em Cuiabá e conduz o Instituto Vicente Lenílson (IVL), projeto que criou em 2011.

Quem também mostrou sua medalha de ouro com orgulho aos alunos foi Maurren. No salto em distância dos jogos de Pequim-2008 ela entrou para a história como a primeira mulher campeã olímpica em esportes individuais. Detentora de vários recordes em sua brilhante carreira, seu nome é o maior do atletismo feminino no Brasil, mas chegar nesse patamar não foi fácil, conforme ela conta. Para alcançar o pódio, a recordista precisou sacrificar muitas coisas, até mesmo tempo com sua filha. “Foi um dos momentos mais difíceis da minha vida. Fiquei dois meses longe dela antes de ir para a olimpíada. Tive que me concentrar para ganhar essa medalha.”

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Felipe aprendeu sobre enfrentar as derrotas ao longo
da caminhada.

A vida é feita de derrotas e vitórias

A vida do atleta não é marcada apenas por vitória. Há momentos de derrota e frustração e essas fases, segundo, Maurren, contribuíram para torná-la resiliente e persistente. "Entre os momentos mais desafiadores de sua jornada, ela destaca a lesão de 2000, que a impediu de competir nas Olimpíadas de Sydney, onde era considerada favorita para conquistar o ouro. "Perdi patrocinadores, mas me recuperei, retomei os treinos e conquistei novos apoiadores. Nunca cogitei desistir, pois compreendo que a vida é uma mescla de desafios e triunfos", reflete.

Felipe Pérez, 14, do 9º, estava com os olhos fitados nos atletas absorvendo o máximo de aprendizado que pudesse para aplicar no seu dia a dia. Ele diz que vai ficar marcado em sua vida o fato de que todo sonho passa por um processo de dor e conquista. “Aprendi com os medalhistas que os momentos ruins são importantes para gente crescer. Quando estivermos enfrentando dificuldades, temos que levantar a cabeça e melhorar a cada dia para alcançarmos a vitória”, diz o estudante, contente por ter tido a oportunidade de conversar com os ídolos do atletismo.

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Lenílson e Maurrem com suas respectivas medalhas.

Os alunos também apreciaram a história do bicampeão Duda. Ele conquistou o primeiro título mundial em Istambul, na Turquia, em 2012. Saltou 8m23 na final para ficar com o título. Dois anos mais tarde, em 2014, em Sopot, na Polônia, o esportista voou ainda mais longe e cravou 8m28 e consagrou-se bicampeão da modalidade.

O Campeonato Ibero-Americano

O Campeonato Ibero-Americano de Atletismo é uma competição da Associação Ibero-Americana de Atletismo (AIA), com realização do Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e o Governo do Estado do Mato Grosso, e parcerias com a Federação de Atletismo do Mato Grosso (FAMT), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Serviço Social da Indústria (Sesi MT).

Texto: Fernanda Nazário

Foto:Rayane Gazola, Fernanda Nazário eEmersonArthur de Oliveira

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