De olho nas estrelas: Jovem estudante do Sesi VG conquista bolsa de iniciação científica
No cenário da ciência, idade não é um impedimento para os que sonham alto, e Gabriela Moraes, uma jovem estudante de apenas 14 anos do Sesi Escola Várzea Grande, está provando isso com louvor. Sua paixão pelo cosmos a levou a conquistar uma bolsa de Iniciação Científica Júnior (ICjr) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), após um desempenho notável na prestigiada Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG).
Sua jornada na ciência começou há três anos, quando teve seu primeiro contato com a astronomia. Desde então, seu interesse pelo cosmos só cresceu, levando-a a participar da MOBFOG nos últimos anos. Em 2022, ela e sua equipeTribus Andrômeda alcançaram o segundo lugar, e em 2023, conseguiram o primeiro lugar, pavimentando o caminho para as oportunidades que viriam a seguir. Gabriela conquistou ainda medalha de ouro nas duas ocasiões na modalidade Teórica da Prova de Astronomia e Astronáutica - requisito necessário para adentrar no mundo da iniciação científica.
O grupo desenvolveu um foguete de garrafa pet usando ar comprimido como como combustível. O objetivo era fazer com que o objeto voasse o mais longe possível seguindo todas as regras de segurança obrigatórias para a participação da mostra. Como medalhista, ela poderia se candidatar à bolsa e ter a oportunidade de estudar o assunto com mais profundidade.
Embora o auxílio seja destinado a alunos do ensino médio, Gabriela, ainda no fundamental 2, mostrou que seu potencial não conhece limites. Com apenas 200 vagas disponíveis e uma concorrência acirrada, ela transformou voluntária e em seguida, conquistou a bolsa, demonstrando seu compromisso com a excelência científica. “Por se tratar de uma atividade extra e não escolar, é um tanto quanto difícil conciliá-las com minhas atividades escolares e projetos externos, porém o conhecimento que estou adquirindo são impagáveis.”
O plano de estudos inclui uma variedade de atividades científicas, desde resumos de filmes, bibliografias, listas de exercícios de física até lançamentos de foguetes e análise de dados. “O programa oferece uma oportunidade única para explorar o interesse pela astronomia, mas também proporciona uma valiosa experiência prática que complementa minha educação formal”, aponta a jovem, destacando que é apenas uma conquista pessoal e uma oportunidade de aprender e crescer no campo que ela tanto ama.
O professor Robson Correa compartilha o orgulho da realização da aluna, destacando a habilidade científica, determinação e compromisso com a excelência. “Ela se torna um exemplo inspirador para jovens aspirantes a cientistas na escola, provando que com paixão, dedicação e oportunidades adequadas, o céu não é o limite - é apenas o começo.”
Segundo o educador, a experiência de uma ICJr pode ser um meio para o estudante se destacar em relação aos seus colegas e aumentar as chances de serem aceitos em programas de bolsas de estudo ou empregos futuros. “É um diferencial, pois mostra que eles têm interesse e dedicação em uma área específica e já possuem alguma experiência prática”, finaliza.
A MOBFOG
A mostra é realizada anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) entre alunos de todos os anos do ensino fundamental e médio em todo território nacional.
O objetivo é fomentar o interesse dos jovens pela astronáutica, física, astronomia e ciências afins, promover a difusão dos conhecimentos básicos de uma forma lúdica e cooperativa, mobilizando num mutirão nacional, alunos, professores, coordenadores pedagógicos, diretores, pais e escolas, e instituições voltadas às atividades aeroespaciais.
Texto: Viviane Saggin
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