Neste mês de celebração do Dia Internacional da Mulher (08 de Março), é importante destacar as conquistas das mulheres em diversos campos, incluindo a tecnologia. No Sesi Escola, meninas estão se superando e quebrando estereótipos ao participarem ativamente em ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática (Steam). Vamos conhecer mais sobre como elas estão deixando sua marca nesse mundo antes dominado tradicionalmente por homens.

Para se ter uma ideia, o recente Festival Sesi de Educação, que ocorreu em Brasília, mostrou que tudo é lugar de mulher. Do total de competidores do evento, nos torneios de robótica da FIRST e da F1 nas Escolas, cerca de 2 mil competidores, elas somaram 45%.

No Sesi Escola Cuiabá e Várzea Grande, a participação das meninas nas equipes de robótica tem sido uma tendência crescente nos últimos anos. O estigma de que a tecnologia é um domínio exclusivamente masculino está sendo desafiado pelas jovens determinadas, que estão mostrando que têm tanto talento e capacidade quanto seus colegas do sexo oposto.

Isadora Silva, de 17 anos, faz parte da equipe Dumonters e está à frente do projeto social do time, que compete na modalidade FIRST Tech Challenge (FTC), compartilhou sua paixão pela ciência e pela resolução de problemas complexos. "Eu sempre fui fascinada pela forma como a tecnologia pode resolver problemas do mundo real. Participar da equipe me permite explorar essa paixão e aprender habilidades práticas ao mesmo tempo".

O ambiente inclusivo e de apoio na escola tem sido fundamental para encorajar mais meninas a se envolverem com a educação tecnológica. Gyovanna Jardim (15), diretora de marketing e mídias da Tucaré, da modalidade F1 in Schools (F1 nas Escolas), ressalta a importância de ter modelos femininos nas competições nacionais. "Quando vejo outras meninas liderando projetos, pilotando os carros nas pistas e sendo reconhecidas por suas habilidades, me sinto inspirada a fazer o mesmo. É uma sensação incrível ver mulheres se destacando na tecnologia".

As equipes têm participado de competições locais e nacionais, e as meninas estão se destacando pela presença e pelo seu desempenho. "Elas estão liderando projetos, programando robôs, pilotando os carros na pista da F1, auxiliando nas arenas de competição e contribuindo de forma significativa para o sucesso das equipes", aponta a gerente da unidade de Várzea Grande, Luciana Brandão.

Na FIRST LEGO League (FLL), a escola conta com a equipe Young Inventors, composta exclusivamente por integrantes meninas: Marina Kleim (14), Gisele Moraes (11), Alice Kallyta, Caroline de Freiras e Maria Marcelino (12). No último torneio regional, realizado no ano passado, o time recebeu o prêmio “Excelência em Engenharia” – uma grande conquista.

"É inspirador trabalhar com outras meninas talentosas e apaixonadas por robótica. O prêmio foi uma prova de que nosso trabalho e dedicação estão valendo a pena. Espero que outras conquistas das equipes mato-grossenses inspirem mais meninas a se envolverem com a tecnologia e a robótica, mostrando que não há limites para o que podemos alcançar quando trabalhamos juntas", afirma Marina.

A importância de modelos femininos

Além de proporcionar um ambiente inclusivo, o Sesi Escola destaca a importância de modelos femininos na liderança das equipes de robótica. A presença de mentoras e professoras especializadas incentiva as alunas a perseguirem suas paixões em Steam, oferecendo orientação e apoio ao longo de suas jornadas.

Uma das líderes da equipe de robótica, Mara Farias expressa sua satisfação ao ver o crescimento da participação feminina. "Ao fornecer modelos femininos fortes, estamos mostrando às nossas alunas que elas podem alcançar qualquer objetivo que desejarem. A tecnologia não tem gênero, e queremos que todas as nossas estudantes se sintam capacitadas para seguir suas paixões".

Para Luana Peralta, psicóloga das equipes de Várzea Grande, a diversidade de gênero traz uma variedade de perspectivas que é essencial para a inovação. "Quanto mais diversificado for o grupo, mais criativas e eficazes serão as soluções que desenvolvemos. As meninas trazem habilidades únicas para o time e estão desempenhando um papel fundamental em nossos projetos".

Olhando para o futuro

À medida que as meninas continuam a prosperar nas equipes de robótica e de outras modadalidades, a instituição está comprometida em expandir ainda mais as oportunidades para o desenvolvimento de habilidades tecnológicas entre as estudantes. É uma jornada contínua em direção à igualdade de gênero e ao reconhecimento do papel crucial das mulheres na vanguarda da tecnologia.

O gerente de Educação do Sesi MT, Fernando Pereira, afirma que a instituição tem como meta apoiar e incentivar as alunas brilhantes enquanto elas continuam a desafiar os limites e a moldar o futuro da tecnologia. “Essas pequenas notáveis estão moldando o futuro, onde a diversidade e a inclusão são os alicerces de uma sociedade tecnologicamente avançada. Ao envolvê-las em projetos Steam desde cedo, estamos preparando-as para um futuro em que a diversidade e a inclusão são fundamentais".

Texto: Viviane Saggin