F1 in Schools: Equipe Tucaré desenvolve projeto de educação financeira e empoderamento para aldeia Bakairi
A equipe Tucaré está acelerando nas pistas e na transformação social. Com sua participação no Torneio Sesi F1 in Schools, durante o VI Festival Sesi de Educação, que ocorre entre os dias 28 de fevereiro e 02 de março, em Brasília, os jovens representarão Mato Grosso e levarão consigo um projeto inspirador: "Raízes Financeiras".
Envolvendo-se profundamente com o povo indígena Bakairi da Aldeia Santana, em Nobres, a equipe do Sesi Escola Cuiabá está dando um novo significado à competição. Seu projeto, direcionado especialmente para as mulheres e jovens da aldeia, visa capacitar e orientar sobre desenvolvimento digital e financeiro.
No centro da iniciativa está o desejo de fortalecer as atividades artesanais das meninas indígenas. Comercializados tanto localmente quanto em feiras regionais, o artesanato indígena representa uma fonte de renda vital e uma expressão rica da cultura Bakairi. "A ideia é ajudá-las a expandir seus negócios e a compartilhar suas histórias e cultura com o mundo", diz Luiz Arthur, gestor de negócios e líder da equipe. "É sobre capacitar essas jovens não apenas economicamente, mas também culturalmente."
Para atingir esse objetivo, os alunos desenvolveram cursos de capacitação, focados na produção artesanal e na promoção e venda dos produtos por meio das redes sociais. Além de um mergulho na cultura dos povos originários, a equipe compartilhou suas habilidades técnicas em gestão financeira e marketing, enquanto aprendia com a comunidade Bakairi sobre suas tradições e valores.
"Acreditamos no poder do conhecimento e da cooperação", afirma Gyovanna Jardim, diretora de marketing e mídias da Tucaré. "Nossa parceria com a Aldeia Santana é sobre o que podemos ensinar e também sobre o que podemos aprender juntos.
O projeto "Raízes Financeiras" é uma obrigação para a competição, mas uma missão pessoal para o grupo.” Estamos aqui para competir, mas também para inspirar e impactar positivamente as comunidades que tocamos", diz Flávia Ramão, diretora de responsabilidade social.
Além de Luiz Arthur, Gyovanna e Flávia, a equipe conta com Geovanna Cristina (gestora financeira), Felipe Sabóia (engenheiro chefe) e Manuella Pedrotti (engenheira de manufatura), além dos técnicos Mara Tereza, das áreas de gestão de negócios e empreendimento, Jessé Maia Rios, de projeto social e engenharia e Carlos Juliani, técnico de engenharia.
Santana situa-se no município de Nobres e tem o seu nome emprestado de um afluente do Rio Novo que, desenhando parte dos seus limites, desce em busca do Arinos, tributário do Juruena, afluente do Tapajós.
A modalidade
Operado no Brasil pelo Sesi, o programa F1 in Schools desafia estudantes de 9 a 19 anos a criarem empresas para competir em uma pista de corrida em miniatura. O campeonato, que faz parte de um projeto internacional realizado pela própria Fórmula 1, reproduz desafios profissionais envolvidos em uma corrida de carros do início ao fim, desde a criação da escuderia até o enfrentamento nas pistas.
Não é só a velocidade que conta: é necessário utilizar diversos recursos tecnológicos para projetar, modelar e testar um protótipo de um carro de F1. Nessa preparação para o mundo profissional, os jovens competidores precisam pensar em marketing, patrocínio, plano de negócios e estratégias em mídias sociais. Além disso, as equipes desenvolvem um projeto social, que pode ser usado como critério de desempate no resultado.
Ao todo, 50 equipes compostas por estudantes da rede Sesi de diversos estados brasileiros participarão da disputa em Brasília, que visa uma vaga para o mundial que ocorre no 2º semestre de2024, em local ainda a ser definido.
Texto: Viviane Saggin