Passaporte carimbado: alunos vivenciam multinacionalidades durante Prova Integradora
A Prova Integradora do Sesi Escola Cuiabá foi para viajante nenhum botar defeito. O evento se transformou em uma grande feira de multinacionalidades. Cada uma das barracas, que era gerida por um grupo de alunos do Novo Ensino Médio, apresentou um país e caracterizou no cenário aspectos da cultura, idioma, curiosidades e questões geopolíticas do local escolhido. Um trabalho que contou com uma pesquisa apurada e muita “mão na massa”.
Aos visitantes, a volta ao mundo começava na portaria, quando recebiam um passaporte. Eles desciam no aeroporto de Las Vegas – primeira barraca - e, lá, tinham a oportunidade de conhecer um pouco sobre a cultura estadunidense e ainda receber o primeiro carimbo. Depois, eles seguiam para outras paradas, como México, Cuba, Chile, Argentina, Venezuela e Japão. Em cada ponto, um novo carimbo, sendo que o desafio era conseguir todos os registros possíveis.
A coordenadora do Novo Ensino Médio do Sesi Escola Cuiabá, Heloísa Borges, diz que a coordenação deu o tema, que era trabalhar com as peculiaridades de outros países, e o restante foi criado pelos alunos. Os professores davam apoio e monitoria, mas o protagonismo do trabalho era dos alunos desde a escolha do país a ser estudado até a aplicação de técnicas diferenciadas para a construção de um cenário convergente com a pesquisa e as informações a serem repassadas.
Rafaela Cristina e Tailainy Moraes são do 2º ano e integram o grupo que fez a barraca com gastronomia do Japão. Além de ensinar como fazer o famoso bolinho primavera, a equipe também fez todas as decorações, que incluem luminárias orientais, sombrinhas, bandeiras e apetrechos. “Nós ficamos com a parte da decoração e foi difícil. Além da pesquisa, tínhamos que escolher os materiais que fossem sustentáveis e viáveis dentro dos recursos que tínhamos. Ainda bem que deu certo”, afirma Tailainy.
A gerente do Sesi Escola de Cuiabá, Alessandra Marangoni, disse que todo o trabalho serve para fortalecer nos alunos o potencial transformador. No caso da feira, por exemplo, ela ressaltou a importância da transformação por meio do conhecimento.
Entre visitas e shows
Com uma dinâmica muito intensa, era preciso ficar atento aos chamados pelo microfone. O funcionamento das barracas era intercalado com apresentações culturais dos países que foram estudados.
A sopa multicultural começou já na abertura com a presença da Orquestra Sesi. Além de tocarem músicas internacionais conhecidas, duas celebridades internacionais que compõem o grupo deram uma “palhinha” de músicas de seu país de origem. A violinista venezuelana Yndira Villarroel e a cantora japonesa Akane IiZuka fizeram os olhares ficarem vidrados no palco. Foram três músicas, sendo duas venezuelanas – uma valsa e uma batida tradicional – e uma canção japonesa que falava sobre a esperança.
O maestro e gerente de Educação do Sesi, Fernando Pereira, participou da abertura, visitou as barracas e afirmou que estava muito contente com o resultado. Ele argumentou que se sentiu acolhido porque é um profissional da área de linguagens e sabe a importância desta área para o mundo e para a transformação das pessoas.
O que é a prova integradora?
A prova integradora é uma atividade que acontece em todo final de bimestre. Nela, os alunos são convocados a desenvolver um tema a partir dos conhecimentos adquiridos nas atividades curriculares.
O evento marca o final de um ciclo e também concretiza um dos pilares da educação no Sesi Escola, que é a cultura maker, no qual o aluno aprende com atividades práticas, que desenvolvem o seu protagonismo e capacidade de propor soluções para problemas do dia a dia.
Texto e fotos: Caroline Rodrigues