Educação Tecnológica: o que é, qual a sua importância e como funciona
Seja como parte da grade curricular obrigatória, atividade extracurricular ou integrando outras matérias, a verdade é que a construção e programação de robôs tem o poder de transformar o processo de aprendizagem, tornando as aulas muito mais divertidas e atrativas. Mas educação tecnológica não é apenas isso, vai muito além. E neste texto você vai descobrir o que de fato é a educação tecnológica, qual a sua importância na vida e no desenvolvimento do aluno e como ela funciona na prática. Então, vamos lá?
O que é Educação Tecnológica
É uma abordagem pedagógica que utiliza robôs e variados materiais como ferramentas de ensino, estimulando o aluno a desenvolver habilidades fundamentais como resolução de problemas, pensamento crítico, colaboração e criatividade. É como um jogo em que os estudantes são os jogadores e têm a oportunidade de construir, programar e interagir com outros robôs que também são de fins educativos.
Para isso, os estudantes embarcam em uma jornada de pesquisa que passa por cinco etapas fundamentais: investigação, descoberta, conexão, criação e reflexão. Os estudantes são incentivados a experimentar, testar ideias e buscar soluções inovadoras para desafios do mundo real. Com o apoio dos professores e especialistas em tecnologia, os estudantes são guiados em uma jornada de descoberta e aprendizado, explorando conceitos de ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática, conhecida também como Metodologia STEAM, assim como os conceitos de programação, mecânica, eletrônica, automação e soft skills.
Todo esse aprendizado é abordado e explorado de forma prática, divertida e envolvente, alinhado à cultura maker, às competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a BNCC Computacional, para que os estudantes possam aplicar nos seus próprios projetos e, posteriormente, usar para estudos mais avançados em outras áreas do conhecimento.
Qual a importância da Educação Tecnológica na vida do aluno
Como você viu, a Educação Tecnológica é muito mais do que um simples auxílio na aprendizagem, ela é um poderoso conhecimento e ferramenta de educação tecnológica que integra conhecimentos de tecnologia, ciência, matemática, trabalho em equipe e programação, com o objetivo de resolver problemas e desafios da vida real. É uma aprendizagem que vai além da sala de aula, proporcionando o desenvolvimento integral dos estudantes.
Por meio da Educação Tecnológica, os estudantes passam por uma jornada repleta de desafios e descobertas, em que as habilidades comportamentais e socioemocionais se desenvolvem de forma intrínseca e surpreendente. Não se trata apenas de peças, engrenagens e fios, é sobre empoderar os estudantes a explorarem novas ideias e desenvolverem habilidades valiosas para o futuro.
Para isso, desde a construção, prototipagem dos robôs até a realização das missões em competições, os estudantes são incentivados a se comunicar de forma assertiva, a trabalhar em equipe, resolver problemas de maneira criativa, desenvolver projetos inovadores, a tomar decisões claras, organizar e planejar suas tarefas, adquirindo autonomia e responsabilidade.
Todas essas habilidades técnicas, comportamentais e socioemocionais, não só trazem aptidão para o jovem na vida pessoal e social, como também contribuem no desenvolvimento da carreira profissional, pois se trata de grandes diferenciais neste cenário competitivo do mercado de trabalho cada vez mais exigente.
Como funciona a Educação Tecnológica na prática
Primeiro de tudo, é necessário formar uma equipe, composta por estudantes interessados e em aprender e se divertir com desafios reais. Em seguida, vem a parte que mais necessita da cooperação e do trabalho em equipe: construir os robôs. Com a ajuda de kits de robótica e/ou peças e sensores avulsos, os estudantes têm a oportunidade de projetar e construir seus próprios robôs, dando vida às suas ideias. Mas para esse robô funcionar é necessário utilizar peças, sensores e motores específicos com essa finalidade alinhado a programação específica para a realização da missão desejada.
Com o robô construído e pronto, chegou a hora de desvendar o próximo passo: trazer vida ao robô por meio da programação. E acredite, o estudante não precisa ser um gênio da computação para fazer isso. A programação pode ser feita por meio de um software intuitivo, que permite arrastar e soltar blocos de código. Essa interface intuitiva mescla séries de sequências numéricas e palavras que serão posteriormente transformadas em códigos, permitindo que a máquina seja “controlada” pelo computador. Mas aqui está o grande truque: essa linguagem de programação precisa ser eficiente, com funções descomplicadas. Afinal, o objetivo é sempre garantir o perfeito funcionamento do robô e, consequentemente, resolver todos os desafios e missões da arena no menor tempo possível. Tudo começa de modo intuitivo e aos poucos vai ganhando linguagem computacional.
Por fim, chega à parte mais esperada e emocionante: colocar todo conhecimento à prova. E isso não se trata apenas de fazer o robô funcionar, mas sim mostrar ao mundo as habilidades e talentos que foram desenvolvidos. Para isso, alguns integrantes da equipe são escolhidos para assumir o controle, manipulando os movimentos, ativando os sensores e até mesmo criando sequências complexas de ações para que o robô execute as tarefas desafiadoras na arena. A arena é o palco para essas verdadeiras batalhas de inteligência artificial aconteça. É onde os robôs podem enfrentar desafios incríveis, desde labirintos até a busca de objetos, ou até mesmo competir uma corrida veloz. Os desafios e a arena vão depender de qual modalidade a equipe faz parte. Mas vale ressaltar: não importa a modalidade, cada competição é um mergulho em um mundo divertido e repleto de novas habilidades e muito aprendizado.
Texto: Rayane Gazola | Jornalista