Alunos do Sesi 'emplacam' 6 projetos na XV Mostra Estadual de Ciências, Tecnologia e Inovação
Seis projetos elaborados por alunos do Sesi Escola de Várzea Grande foram selecionados para participar da XV Mostra Estadual de Ciências, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso, que será realizada de 16 a 18 de outubro, na Faculdade de Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), localizada na avenida XV de Novembro, em Cuiabá. Todos os trabalhos estão alinhados com necessidades do mercado em diversas áreas como Agricultura, Sustentabilidade e Educação.
Os professores orientadores dos projetos foram Wilton de Souza e Ebson Brito. Ambos lecionam a disciplina de Matemática e suas Tecnologias. Na opinião deles, os trabalhos desenvolvidos pelos estudantes merecem destaque por conta da conexão e aplicabilidade das soluções propostas com a vida real. “Temos uma preocupação em desenvolver a autonomia dos estudantes e permitir que eles possam fazer escolhas e ter o controle sobre seus próprios projetos, o que aumenta a motivação e a responsabilidade”, afirmou a dupla.
Segundo os professores, durante a elaboração do projeto, os estudantes têm a oportunidade de desenvolver habilidades e conhecimentos que são aplicáveis às suas carreiras futuras. Além disso, trabalham com o pensamento crítico, resolução de problemas, colaboração e comunicação, competências fundamentais para o sucesso em várias áreas de trabalho.
Conheça dos trabalhos que foram selecionados
Durante a mostra, os projetos serão apresentados de forma presencial e on line. Entre os trabalhos elencados para a modalidade presencial estão: Biodigestores de fezes de animais, Além dos olhos, Ecopontos e Irrigaagro. Já na modalidade digital estarão: SOS Agro e Oásis.
1. Biodigestores de fezes animais
A proposta foi apresentada pelos alunos Alyce Ferreira Facin, Ana Beatriz Ramalho Joaquim, Lilian Gomes Rudenas. Mariane Catarina Nascimento Ramos. O projeto envolve sustentabilidade e produção de bioenergia por meio de resíduos orgânicos. Usando biodigestores, os estudantes usam fezes de animais e, ao final do projeto, o produto se transforma em dois subprodutos: energia e fertilizante.
Segundo a aluna Lilian Gomes Rudenas, do 2° ano eletrotécnica do Sesi Escola de Várzea Grande, a ideia nasceu a partir dos seguintes elementos de análise: os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), as discussões referentes às mudanças climáticas e a potencialidade de Mato Grosso no setor agrícola. “Nós pensamos em algo viável e sustentável para os agricultores manterem a sustentabilidade e não perderem a essência do agronegócio”, afirma.
Para Lilian, a experiência foi uma oportunidade de concretizar um pensamento sobre a sustentabilidade. Ela afirma ainda que o resultado só foi possível com a ajuda dos professores, que sempre incentivam e ajudam os grupos interessados em empreender. “Em nome dos colegas, eu digo que nós dedicamos nossos sinceros agradecimentos em específico a nossos professores Wilton de Souza e Ebson Brito, que nos acompanhou em todo o processo e nos acompanha até aqui. Somos imensamente gratos à nossa escola por ter nos ajudado em nossa jornada e por todo apoio” declara.
2. Além dos olhos
O projeto foi desenvolvido pelos alunos Beatriz Maria Bastos Figueiredo, Isadora Branco da Cruz Silva, João Marcos Rigon Bessas e Julia Motta. Eles fizeram a proposta de acompanhar a saúde ocular de alunos de escolas públicas e fazer a distribuição de óculos para melhoria da qualidade de vida dos estudantes e aumento do rendimento escolar.
Segundo Beatriz, o grupo considerou que a visão é muito importante na vida do ser humano. Na escola, enxergar bem é necessário que se tenha uma boa saúde ocular, já que um estudante que não vê bem e não tem condições de receber atendimento médico de um especialista, com certeza terá dificuldades em avançar nos estudos.
3. Ecopontos
O trabalho é um aplicativo que sinaliza aos usuários os ecopontos e as áreas destinadas à coleta seletiva de resíduos. Resultados preliminares mostram o impacto do app no comportamento dos usuários. Entre eles estão: o aumento na conscientização ambiental, a redução na poluição e um maior envolvimento da comunidade na coleta seletiva. Além disso, o projeto contribuiu para desviar resíduos de aterros sanitários e melhorar a qualidade do solo e da água.
O projeto foi feito pelos alunos: Adam George Soares da Silva, José Domingos da Cruz Neto, Kaio Guilherme Ferreira da Silva e Matheus Dourado de Oliveira da Fonseca.
4. Irrigaagro
Trata-se de um aplicativo destinado a programação do sistema de irrigação de plantações pelo celular. A proposta é da aluna Sara Regina Correia Arruda, do 2º ano do Novo Ensino Médio, que percebeu a dificuldade de agricultores para fazer automação dos sistemas e muitas vezes, precisam acionar um técnico para ir à propriedade. Na solução proposta, esse trabalho poderia ser realizado pelo celular.
5. SOS Agro
Trata-se de um sensor que ajuda a detectar doenças nas plantas e contaminações que possam afetar o cultivo de alimentos. O objetivo do trabalho é atender os agricultores no momento de analisar o ambiente e visualizar os riscos para a produção. O protótipo detecta o risco de doenças no solo e o produtor pode utilizar uma variedade de técnicas - como análises químicas, sensoriamento remoto, inteligência artificial e outras tecnologias avançadas - para fornecer informações úteis aos agricultores e aos gestores de recursos naturais, permitindo uma abordagem mais eficaz e sustentável na agricultura e na gestão do solo.
6. Oásis
O projeto é uma plantação vertical que pode ser instalada em locais com aparelhos de refrigeração e lugares com pouco espaço, que reutiliza a água gerada por aparelhos de refrigeração para o cultivo de plantas sem precisar de muita manutenção e de forma sustentável.
Texto: Caroline Rodrigues