Os estudantes da equipe Tribus Antares conseguiram obter a medalha de ouro na prova de lançamento de foguetes da Mostra Brasileira de Foguetes (MobFog), realizada no Rio de Janeiro no começo da semana. Victor Hugo Costa Lopes, 16 anos, Murilo Henrique Almeida Santos, 16 anos, e Beatriz Silva Rocha, 15 anos, integram o Novo Ensino Médio do Sesi Escola Várzea Grande e conseguiram alcançar a distância de 206,6 metros entre a base de decolagem e a aterrisagem.

No trio, o único com experiência na competição era Victor Hugo. Ela conta que está voltando para a sua escola com o sentimento de dever cumprido. “Já é a minha segunda vez na competição e é muito gratificante saber que sai daqui com o troféu de primeiro lugar. Viemos preparados para isso, mas, mesmo assim, não dá para descrever essa sensação. Estamos voltando com uma bagagem de conhecimento ainda maior e queremos compartilhá-la com os demais colegas”, afirmou.

Já a astronauta de primeira viagem Beatriz Silva diz que ainda não assimilou o que aconteceu. Ela descreve a competição, que além dos lançamentos teve várias palestras a atividades informativas, como os melhores três dias da vida dela. “Sinto me uma privilegiada. Eu nem acredito que conseguimos chegar aos 206,6 metros”, relata.

Outro que ainda absorvendo o resultado é Murilo Henrique. “Ter participado dessa competição foi uma das melhores experiências da minha vida. Com ela, eu conheci pessoas e histórias diferentes da minha. Cheguei com as expectativas altíssimas. Muito confiante de que tudo daria certo e, mesmo que tenham acontecidos alguns imprevistos na hora do lançamento, conseguimos resolver e ter um bom desempenho no final”, assegura.

Como funciona a jornada

A equipe Tribus Antares fez parte do nível 4 da competição, no qual os foguetes são feitos de garrafas de plástico retornável com propulsão química de vinagre com bicarbonato.

Os vencedores são definidos por nota de corte, o que possibilita que a coroa seja de mais de uma equipe. Para conseguir uma medalha de bronze, o foguete precisa atingir uma distância entre 171 e 186 metros. Já para a medalha de prata entre 186 e 202 metros e, para alcançar a tão sonhada medalha de ouro, entre 202 e 400 metros.

A professora que acompanhou os adolescentes, Maria Conceição Moraes, enfatiza que a jornada de foguetes é muito mais do que uma competição. É uma troca de conhecimentos e aprendizado, por meio das apresentações, palestras e oficinas, o que faz os alunos aumentarem a sua bagagem.

Texto: Caroline Rodrigues