Atividade sombra e luz para aprender sobre democracia no Sesi Escola VG
Uma abordagem educativa e envolvente se materializou na forma de uma atividade lúdica, pela qual os alunos do 9º ano A e B do Sesi Várzea Grande mergulharam nos conceitos da redemocratização após a Era Vargas, por meio de uma exploração criativa de luz e sombra.
Com a orientação da professora Maria Henriqueta, especialista na área de humanas, essa atividade aparentemente simples se revelou uma rica ferramenta de aprendizado.
Utilizando objetos tão variados quanto lanternas, brinquedos em miniatura, luzes de Natal, luvas de boxe, câmeras fotográficas e utensílios de cozinha, os alunos foram incentivados a transcender suas funcionalidades e, em vez disso, projetar sombras com eles, criando uma interpretação visual e histórica do período em estudo.
A dinâmica da atividade se desdobrou em uma abordagem colaborativa, onde os alunos arranjaram os objetos sobre uma folha de flipchart, empregando uma lanterna para projetar as sombras resultantes.
Heloísa Matos, uma das estudantes participantes, expressou sua aprovação em relação a essa abordagem inovadora. Ela relatou que os grupos tiveram a liberdade de selecionar temas, absorver o conteúdo do capítulo, organizar suas ideias e, posteriormente, comunicar suas compreensões por meio de objetos e palavras.
“Meu grupo envolveu a exploração do governo de Getúlio Vargas e a temática do racismo. Por meio de uma corda, os alunos visualmente representaram as experiências das vidas negras, as quais, sob a perspectiva deles, balançavam como num equilíbrio instável, entre os direitos dos brancos e seus próprios direitos”
Já o grupo da estudante Angelina Coelho decidiu focalizar seu trabalho no período do governo Dutra, o marco inicial da República de 1946, simbolizando as ideias e os princípios do capitalismo. Utilizando um pequeno boneco e diversos objetos, eles expressaram visualmente as características do governo e suas propostas. “Esse exercício trouxe à tona não apenas uma compreensão mais profunda do conteúdo, mas também uma sensação de diversão e interação, facilitando assimilação do aprendizado”.
Luciana Brandão, gerente da unidade, compartilhou como os educadores estão explorando estratégias ativas e recursos diversificados para criar experiências de aprendizagem envolventes. Essa abordagem visa cativar o interesse dos estudantes, colocando-os no centro do processo educacional e promovendo uma compreensão mais profunda e intuitiva dos tópicos discutidos. “Como resultado, essa atividade interativa sobre democracia, que une sombras, luz e a história política do Brasil, não só reforça o aprendizado, mas também destaca o poder das metodologias criativas para aprimorar o engajamento dos alunos”.
Texto: Viviane Saggin