Dia do Estudante: como saber o que quero ser quando crescer?
Eu tenho um plano. Esta frase, típica de filme de super-heróis, é a resposta dos alunos do Novo Ensino Médio (NEM) do Sesi Escola de Cuiabá quando questionados sobre o que querem ser quando crescer. Neste dia 11 de agosto, Dia do Estudante, dois alunos da unidade lembram como conseguiram construir a estratégia de vida ao longo do ensino médio e como esperam levar as habilidades adquiridas durante a vida escolar para o futuro.
Entre os elementos que impactam na escolha estão as experiências pessoais, o retorno financeiro, a aptidão, o sonho e a continuidade dos negócios familiares. Uma série de questões que adquirem pesos diferentes conforme a singularidade de cada aluno e são trabalhadas com pesquisa, estímulo, eventos e testes psicológicos de aptidão.
Adeson Vaz da Oliveira Filho, 17, é do 3º ano, decidiu se manter no ambiente tecnológico e pretende estudar para ser programador de sistemas. A escolha, segundo ele, veio das aulas que tem na escola e das atividades extras inclinadas para a definição da vida profissional dos alunos.
“O professor nos levou em uma empresa que trabalha com desenvolvimento de sistemas. Os programadores explicaram como é o trabalho deles e eu gostei muito. Achei legal também a possibilidade de trabalhar em Home Office e ter mobilidade. Trabalhar em qualquer lugar desde que meu notebook esteja debaixo do braço”, explica.
Já Sara de Oliveira Cardoso, 17, aluna do 3º ano, optou por um percurso diferente. Ela tem o objetivo de ingressar na faculdade de Nutrição por conta de uma experiência pessoal. Ela conta que foi diagnosticada com obesidade no grau 1 e, por conta disso, passou por um nutricionista.
Durante o tratamento, ela pode conhecer um pouco da profissão e percebeu a mudança na vida das pessoas que o profissional faz. “O tratamento mudou a minha vida em todos os aspectos e quero poder fazer isso para outras pessoas”, relata.
Como a escola pode ajudar?
A psicóloga escolar do Sesi Escola Cuiabá, Solange Jesuíta, diz que existe um olhar diferenciado para o ensino médio na instituição. O objetivo não é só de encaminhar o aluno para uma universidade, mas também de fazer com que ele identifique quais são as aptidões, seus objetivos de vida e ainda as possibilidades que o mercado oferece de maneira concreta.
Assim, explica a profissional, os adolescentes conseguem reduzir as angústias e inseguranças com o futuro porque que tem planos e estratégias para serem implementadas quando o ensino médio for concluído.
Dentro dessa perspectiva, são apresentadas feiras de profissões, visita a empresas e muita pesquisa para que as nuances da rotina da atividade sejam conhecidas, bem como os pontos fortes, fracos e ainda retorno financeiro.
“O modelo tradicional não é o único. Eles saem da escola com um curso técnico que abre portas e que o torna um acadêmico diferenciado independente da faculdade de escolha. Sem contar que existe ainda a possibilidade de fazer outro curso com duração mais rápida, empreender e ainda um dos tecnólogos oferecidos pela própria Fatec (Faculdade de Tecnologia do Senai MT)”, explica.
Paralelo a este trabalho, todos os alunos passam pela Avaliação dos Interesses Profissionais (AIP), que são aplicadas de forma coletiva, mas têm a devolutiva feita individualmente. Solange é responsável pela avaliação e explica que o resultado no teste não é limitador e sim estratégico. “O resultado mostra as áreas que o aluno tem aptidão. Mas, ele não precisa escolher essas áreas. Contudo, ele vai descobrir quais elementos vãos exigir dele mais dedicação. Afinal de contas, com esforço e foco, todos os alunos podem alcançar o seu objetivo independente da aptidão”, finaliza.
Texto: Caroline Rodrigues