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Estudantes de VG vão ao Rio de Janeiro competir na Mostra Brasileira de Foguetes

02/08/2023 - 16h55
Lançamento de foguete
Jovens usam bicarbonato e vinagre como
propulsores. Foto: divulgação

Os estudantes  Victor Hugo Costa Lopes, 16 anos, Murilo Henrique Almeida Santos, 16 anos, e Beatriz Silva Rocha, 15 anos, colocaram na bagagem quatro foguetes, duas bases de lançamento e muita vontade de vencer. Eles são estudantes do Novo Ensino Médio do Sesi Escola de Várzea Grande e juntos integram a equipe Tribus Antares, que embarca para o Rio de Janeiro no domingo (6), onde vão buscar uma medalha na Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog).

Eles fazem parte do nível 4 da competição, no qual os foguetes são feitos de garrafas de plástico retornável com propulsão química de vinagre com bicarbonato. Os vencedores são definidos por nota de corte, o que possibilita que a coroa seja de mais de uma equipe.

Para conseguir uma medalha de bronze, o foguete precisa atingir uma distância entre 171 e 186 metros. Já para a medalha de prata entre 186 e 202 metros e, para alcançar a tão sonhada medalha de ouro, entre 202 e 400 metros.

Considerando os limites estabelecidos pela organização, a equipe de Várzea Grande tem chances concretas de voltar entre os premiados. Em um teste realizado nesta quarta-feira (2) no estacionamento do Memorial João Paulo II, no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá, o foguete da equipe Antares chegou a mais de 180 metros com metade do combustível.

Segundo o professor de física e técnico da equipe, Robson Correa, foram realizados seis testes desde o começo dos trabalhos e a expectativa é que o foguete várzea-grandense alcance mais de 200 metros de distância, o que torna a equipe uma forte candidata a medalha de ouro.

Equipe antares
Professor e alunos que formam a equipe Tribus Antares.
 Foto: divulgação

Um dos integrantes da equipe já tem experiência na Mostra Brasileira de Foguetes. Victor Hugo concorreu no ano passado no 3º nível e, agora está no 4º.  Ele explica que o foguete funciona em um sistema de ação e reação. Dentro da garrafa, é colocado uma quantidade de bicarbonato de sódio. Em seguida, é colocado um balão que é preenchido com vinagre. O disparo é feito após um espeto, instalado na base de decolagem, furar o balão e o vinagre entrar em contato com o bicarbonato.

A seleção

Receber um convite para participar da amostra não é coisa fácil. Beatriz Silva Rocha conta que nunca se sentiu capaz de integrar o grupo porque não tem afinidade com a física. Contudo, tinha vontade de participar por conta do interesse em astronomia. Então, ela afastou a tão conhecida “síndrome do impostor” e se inscreveu para participar da prova teórica, baseada nas diretrizes das Olimpíadas Brasileiras de Astronomia e Astronaútica (OBA).

Ao todo foram selecionados cerca de 100 alunos, que depois passaram por uma nova peneira, a prática. Eles construíram seus foguetes e a carta convite foi dada ao foguete que alcançou uma distância satisfatória.

Depois, foi a hora de se dedicar. Murilo Henrique Almeida Santos disse que foram vários encontros de trabalho e que os alunos precisam ter foco, pois durante o processo, não é incomum estender o período de aula nos laboratórios. “Não foi fácil, mas se conseguirmos a medalha vai valer a pena”, afirma.

Mobfog

O evento será de três dias. Ele começa no dia 7 de agosto e acaba no dia 10. São 3 dias, nos quais estão previstos dois lançamentos de foguete por equipe e ainda uma série de palestras. A pontualidade nas atividades propostas também pode gerar pontos ou descontarem pontos das equipes.

Texto: Caroline Rodrigues

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