Inspirado no “everybot”, robô da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA), a equipe Agrobot desenvolveu o “Turbo” para está prova e desembarcam nesta quarta-feira (15.03) no 5º Festival Sesi de Robótica, em Brasília. Os estudantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Rondonópolis competem pela primeira vez na categoria First Robotics Competition (FRC) e demonstram para o Brasil a tecnologia de Mato Grosso e que está presente no agronegócio.

Luiz Felipe S. de Souza, Kettly Vitória Rodrigues Bizerra, João Vitor Silva Almeida, João Pedro Pistore e Letícia Campos de Freitas estão desde janeiro trabalhando na estratégia de construção e fabricação do robô. Além do desafio de cumprir as missões na arena, os times formam alianças de três equipes que duelam entre si, a aliança que melhor performar sai vitoriosa em cada etapa.

“Nós criamos o Turbo pensando nas funções que a robótica pode desempenhar no campo, desde o plantio à colheita de forma automatizada. Os robôs são equipados com diversos atuadores, sensores que dão ao equipamento a capacidade de realizar atividades como mapeamento da arena, análise de obstáculos. Além do sistema de coleta do braço robótico similar ao de uma colheitadeira de grãos. Por isso escolhemos o nome Agrobot, pela localização geográfica do time e para representar a força do agro de nosso estado”, afirma a estudante Letícia Campos de Freitas.

Os estudantes ainda são desafiados a criarem uma empresa, elaborarem plano de negócio, plano estratégico, realizarem análise SWOT, gestão de riscos, aplicarem técnicas de controle de qualidade durante fabricação e validação dos robôs. As equipes são responsáveis pela parte comercial e marketing para captar recursos por meio de patrocínios, criar e gerenciar redes sociais, realizar análise e estatística das outras equipes durante etapas classificatórias para tomada de decisão nas escolhas de alianças. Além de executar projetos sociais para disseminar a ciência para estudantes de escolas de baixa renda com mentoria de instrutores da instituição e alunos da equipe.

“Todos os processos que trabalhamos aqui remete ao que acontece no dia a dia de uma indústria. Os alunos aprendem a trabalhar em equipe, a serem comunicativos, terem pensamento crítico, inteligência emocional, desenvolvem espírito de liderança e de fato a fazer com a mão na massa. Aprendem fundamentos de física, eletricidade, eletrônica, programação, mecânica, operação de máquinas de usinagem convencional e CNC, impressão 3D, corte laser e muito mais. O maior benefício para eles é ter este contato e poder escolher o que querem para o futuro. Os alunos podem escolher se querem ser engenheiro eletricista, engenheiro eletrônico, engenheiro mecânico, engenheiro de controle de automação ou mecatrônica. Abre o leque na mente deles para poder desenvolver o que quiserem”, reforça responsável pelas duas equipes de MT, Diego Andrade.

Os instrutores Jose Eduardo, Djair e Thiago Carvalho são especialistas nas áreas de mecânica, eletrônica, desenvolvimento de projetos, usinagem CNC e desenvolvimento de projetos. Os profissionais fazem mentoria para os alunos da equipe Agrobot e especificamente na categoria FRC, essa é a primeira vez que o Senai de Mato Grosso participa com duas equipes. O torneio de robótica ocorre entre os dias 15 e 18, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF), e reunirá mais de 2 mil estudantes de escolas públicas e privadas de todo o Brasil para competirem nas quatro modalidades do festival.

O tema da temporada da categoria FRC de 2022/2023 é Charged Up e a equipe do novo ensino médio foi desafiada a usar o poder da engenharia para garantir energia acessível, confiável, sustentável e moderna para todos.

Categoria

No First Robotics Competition (FRC), estudantes de ensino médio são desafiados a projetar, construir e programar robôs de tamanho industrial para competir em um jogo de arena, por meio de alianças formadas com outros dois times, formando uma aliança com três equipes. É o mais próximo ao mundo real da engenharia que os estudantes podem chegar do mundo real da engenharia!

Ao mesmo tempo, os competidores criam uma identidade de equipe, arrecadam fundos, aprimoram as habilidades de trabalho em equipe e promovem ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática (STEAM) dentro da comunidade local.

O FRC combina o rigor da metodologia STEAM com a diversão e a empolgação dos esportes tradicionais, por meio de programas que têm impacto comprovado no aprendizado, interesse e construção de habilidades dentro e fora de sala de aula.

Assista o vídeo e conheça a equipe:

Texto: Amanda Simeone