Três estudantes do ensino fundamental II do Sesi Escola Várzea Grande foram convidados para participar da 38ª Jornada de Foguetes, que ocorre entre os dias 20 e 23 de março, no Hotel Fazenda Ribeirão, em Barra do Piraí (RJ), local que sedia a atividade todos os anos. Por lá, os adolescentes irão demostrar todas suas habilidades com os experimentos de foguetes à base de garrafas pet, água e ar comprimido.

Os participantes são selecionados dentre os que participam da Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), competição prática, e da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), que é uma prova teórica. Nesta temporada, a estimativa é da participação de 150 equipes, totalizando cerca de 500 estudantes.

A equipe Tribus Andrômeda, que ganhou medalha de ouro na OBA, é composta por Rodrigo Rabelo, 13, Gabriela Moraes, 13, e Victor Hugo Lopes, 15 anos. Eles explicam que a matéria-prima principal para a construção do foguete é a garrafa pet. “Além de uma propulsão forte o suficiente, precisamos calcular uma trajetória perfeita, de modo que a força do lançamento não seja desperdiçada ao longo do voo”, pontua Victor.

Para a execução da prova, o material é fixado na base, que deve ser presa ao chão com grampos. “Em inclinação de 45º, será apontado em direção livre, sem nenhum obstáculo ou pessoas por perto. Todos têm que ficar afastados em um diâmetro de 10 metros”, ressalta Gabriela,

No foguete de nível 3, caso da equipe de VG, como combustível somente é permitido usar água e ar comprimido colocado manualmente através de uma bomba manual de encher pneus de bicicletas. Não pode usar compressores elétricos. “Além da distância dos protótipos, os trabalhos também são avaliados por meio da apresentação do projeto, entregue em pen-drive na hora da chegada ao evento”, aponta Rodrigo.

O professor Robson Correa destaca que participar da Jornada de Foguetes já é um grande prêmio aos alunos, pois significa que estão entre aqueles que melhor construíram suas bases de lançamentos e seus foguetes em todo o Brasil. “Requer muita dedicação, horas de preparação, muito treinamento e testes dos foguetes”, informa o educador, ressaltando que a ação é uma atividade extracurricular da escola, no campo da educação tecnológica, que trabalha de forma interdisciplinar o ensino de física, matemática, entre outras, e na construção a prática maker.

De acordo com ele, são grandes as expectativas para o evento. “A equipe se emprenhou bastante para desenvolver um foguete de excelente performance e conseguir bater o nosso próprio recorde e trazer o prêmio para Mato Grosso. Claro, sem deixar de nos divertirmos e ganhando conhecimento”, finaliza.

A MOBFOG

A mostra é realizada anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) entre alunos de todos os anos do ensino fundamental e médio em todo território nacional.

A MOBFOG tem por objetivos fomentar o interesse dos jovens pela Astronáutica, Física, Astronomia e ciências afins, promover a difusão dos conhecimentos básicos de uma forma lúdica e cooperativa, mobilizando num mutirão nacional, alunos, professores, coordenadores pedagógicos, diretores, pais e escolas, e instituições voltadas às atividades aeroespaciais.

Texto: Viviane Saggin