Carros de Fórmula 1 com, no mínimo 50 gramas, impulsionados apenas por um cartucho de gás, vão desembarcar em Brasília (DF) para participar, entre os dias 15 e 18 de março, do 5º Festival Nacional Sesi de Robótica, na categoria F1 nas Escolas. E Mato Grosso terá uma equipe representante, a Tucaré, que participa do evento desde a primeira edição.

Na modalidade, os competidores podem utilizar diversos recursos tecnológicos para projetar, modelar e testar um protótipo de um carro de F1 para participar de uma corrida na pista dos eventos oficiais da disputa. Algumas peças são feitas em impressoras 3-D. Os carros são projetados para percorrer 20 metros de distância o mais rápido possível, suportando as forças da aceleração na partida, da travessia do percurso e da desaceleração física após cruzar a linha de chegada.

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Formam a escuderia mato-grossenses os estudantes do novo ensino médio Sesi e Senai Cuiabá: Carina Silva, Smithy Freitas, Felipe Saboia, Luiz Arthur Arruda, Rafael Lima Macedo e Breno Fachinello, além dos técnicos Mara Farias, Carlos Juliani e Solange Jesuíta.

A engenharia da Tucaré é um destaque, conseguindo altos desempenhos nas competições desde o início da escuderia. A equipe se inspirou no bioma do pantanal para a construção do carrinho. “Essa inspiração está presente no design e engenharia da peça. “Tivemos como inspiração dois animais do nosso bioma, o tucano e o jacaré refletidos nas cores e estruturas aerodinâmicas utilizadas. O aerofólio dianteiro foi baseado na cauda do jacaré, que além de ser extremamente resistente apresenta uma maleabilidade suficiente para vencer seus adversários”, explica o engenheiro chefe da equipe, o estudante Smithy Freitas.

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Outra peculiaridade dos repteis, presente em design é a capacidade de regeneração da cauda, por isso o aerofólio é modular e pode ser substituído até três vezes durante a competição. “O tucano aparece em nosso design na zona superior onde fica localizado o cilindro de CO², inspirado no bico do animal, que contribui com a excelente aerodinâmica do carro. Ele também teve influência na engenharia do aerofólio traseiro, que tem angulação inspirada no ângulo de ataque das asas”, destaca. Conheça o carro Aqui.

Avaliação

A avaliação, a premiação e a classificação para a etapa mundial se baseiam no resultado de um conjunto de ações, incluindo a apresentação e a elaboração dos planos de negócios, de marketing e de mídias sociais. Longe dos números e dos treinos, as equipes também precisam desenvolver um projeto social, que pode ser usado como critério de desempate no resultado final.

“Nossa equipe se uniu ao projeto Bolsa Solidária que tem como prioridade ajudar mulheres com a doação de produtos de higiene pessoal, além de recuperar a autoestima feminina e cuidados com a saúde da mulher. Estamos há mais de um ano empenhados e ajudando com doação e arrecadação dos kits de higiene feminina para a casa espírita de obras sociais: Manoel Philomeno de Miranda”, aponta a aluna Carina Silva.

TucaStore

Como uma maneira de se aproximar de quem está sempre na torcida pela escuderia e como forma de buscar apoio para custear das despesas, a equipe acaba de lançar a loja de produtos e acessórios TucaStore. Confira Aqui.

A F1 nas Escolas

O programa F1 nas Escolas é realizado em mais de 40 países e a grande final, com a presença de equipes de todo o mundo, ocorrerá dentro de um circuito oficial da F1, onde os participantes conhecerão as escuderias, os carros e os pilotos. A F1 nas Escolas surgiu há 17 anos na Inglaterra. No Brasil, esta será a quinta edição.

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Texto: Viviane Saggin