Estudantes do Sesi Escola Várzea Grande e da Escola Estadual Heliodoro Capistrano da Silva, instalada no bairro Parque, na capital, se uniram para compartilhar seus conhecimentos sobre robótica educacional. Com objetivo de trocar experiências sobre o assunto, a equipe Dumonters do Sesi realizou, no sábado (03), uma oficina para apresentar o universo do mundo tecnológico, criativo e inovador da programação e dos robôs.

Durante toda a manhã, os alunos mais experientes mostraram aos mais iniciantes como programar os robôs para realizar tarefas simples, como seguir uma linha ou desviar de obstáculos. Eles também explicaram os princípios básicos de eletrônica, mostrando como funcionam os sensores e motores utilizados nos robôs.

O objetivo também foi introduzir para a equipe da Heliodoro os conceitos do FIRST® LEGO® League (FLL), um programa internacional voltado para crianças de 9 a 16 anos, criado para despertar o interesse dos alunos em temas como ciência e tecnologia dentro do ambiente escolar. A iniciativa fortalece a capacidade de inovação, criatividade e raciocínio lógico, inspirando a seguir carreira no ramo da engenharia, matemática e tecnologia.

Além da oficina, os estudantes do Sesi realizaram a doação de materiais e tapete de competição de competições anteriores da FLL. Segundo o técnico de robótica do Sesi Wesley Coelho, que acompanhou os jovens, a ideia principal foi compartilhar conhecimento e estimular o interesse dos estudantes pela robótica e tecnologia. “A importância de socializar esse conhecimento com outros jovens é, realmente, levar a robótica educacional, a engenharia, a matemática, a ciência e a tecnologia para um público diverso”.

A oficina foi considerada um sucesso pelos participantes. "Foi incrível ver como os alunos se empolgaram com a atividade e como conseguiram aprender tanto em um curto período. Foi uma verdadeira celebração do conhecimento e da colaboração", afirmou a estudante da equipe Dumonters, Julia Almeida.

Para o aluno Sanili dos Santos, 14, que faz parte do projeto tecnologias da EE Heliodoro, a parceria permitiu a troca de ensinamentos adquiridos por ambas as equipes. “Nós achamos muito interessante o projeto de robótica do Sesi, foi uma aula muito gratificante. Essa socialização entre os estudantes é de um valor imensurável para o nosso desenvolvimento e amadurecimento na área”, destacou.

Competências e habilidades

O uso da robótica educacional passou de alternativa para ação efetiva na EE Heliodoro Capistrano da Silva no ano passado. A modalidade é empregada no desenvolvimento de diversas competências e habilidades, como a socialização, desenvolvimento do raciocínio lógico, autoconfiança, empatia, cooperação, resolução de conflitos, dentre tantas outras possibilidades.

Com a participação de alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental, o professor Jackson Vieira Pereira atrai a atenção com a nova forma de aprendizado, despertando o protagonismo estudantil. Ele utiliza o material Modelix, cuja base é o Arduíno - facilitador do aprendizado de programação que ensina como desenvolver projetos de eletrônica e de robótica, automatizar escritório, criar um novo brinquedo ou jogos.

Para ele, a robótica educacional tem objetivo formar alunos mais proativos, que assumam a responsabilidade por seu processo de aprendizado. Essa mudança de postura auxilia crianças e adolescentes a deixarem o papel de meros expectadores para que sejam protagonistas na construção de seus conhecimentos. “Neste contexto, essa troca de experiência é bastante importante para que possamos permanecer desenvolvendo a atividade na nossa unidade escolar e dando continuidade essa parceria com a equipe do Sesi, por um bom tempo”, pontuou.

No Sesi Escola, as disciplinas de robótica e maker compõem a Educação Tecnológica. É um componente do currículo que impulsiona a inovação, pesquisa, criatividade e favorece o aprendizado "mão na massa", preparando o estudante para os desafios da sociedade contemporânea.

Competição nacional

A equipe Dumonters desenvolve atividades na modalidade First Tech Challenge (FTC), pela qual estudantes de 14 a 18 anos são desafiados a projetarem, programarem e construírem robôs capazes de realizar tarefas. Para isso, eles precisam aprender a trabalhar com máquinas e circuitos – os mesmos equipamentos utilizados por grandes engenheiros.

O FTC contribui para que os competidores desenvolvam habilidades como comunicação, resolução de conflitos, tomada de decisões e raciocínio lógico. Tudo isso de um jeito inovador, divertido e que ajuda a preparar os jovens para o futuro profissional.

O time irá representara Mato Grosso no Festival Sesi de Robótica, que ocorre entre os dias 15 e 19 de março, em Brasília.

Texto: Viviane Saggin