Para apresentar o resultado do trabalho desenvolvido, durante todo o ano letivo, no projeto JEPP (Jovens Empreendedores Primeiros Passos) realizado em parceria com o Sebrae, as unidades do Sesi Escola realizaram a tradicional feira de empreendedorismo, mas de uma forma diferente.

Divididos por segmentos e turmas, os estudantes puderam apresentar suas ideias e produtos. As crianças e adolescentes se dedicaram em criar ‘empresas’ nos ramos de eco papelaria, com jogos de suplat, garrafas decoradas, flores em vasos, marca página, portas lápis e chaves, imã de geladeira, peças de decoração, temperos e plantas aromáticas e muitas opções em gastronomia, entre outros.

A proposta é disseminar aos alunos, desde Ensino Fundamental até o Ensino Médio, a cultura empreendedora, e orientar sobre a formulação de planos de negócios, de maneira a estimular comportamentos empreendedores entre crianças e adolescentes, incentivando-os à prática do empreendedorismo e ao protagonismo juvenil. A destinação do lucro que a turma alcança com as vendas dos produtos também é definida em conjunto.

De acordo com a gerente da unidade de Várzea Grande, Rita Marques, o empreendedorismo é um projeto que vem sendo trabalhador com os estudantes já alguns anos, que proporciona grande protagonismo. “Cada grupo escolhe um tema e a forma de desenvolver. Eles aprendem como criar e executar as ideias, a vender, fazer propaganda e administrar os lucros, juntamente com os professores”.

O projeto, segundo ele, envolve toda a escola. No ano passado, devido à pandemia, a venda dos produtos ocorreu de forma online. Neste ano, a escola dividiu as turmas e realizou a feira de forma presencial, com a intenção de no próximo ano voltar com um grande evento, reunindo todos os participantes.

“Os alunos se adequam ao formato que realizamos com muita facilidade e empenho. Acreditamos que todo o preparo que vem da escola, do planejamento colaborativo, de forma interdisciplinar entre todos os professores, faz uma grande diferença. Quem ganha é o aluno”.

A gerente da unidade de Cuiabá, Alessandra Marangoni, afirma que o JEPP proporciona aos alunos a noção da importância de empreender, que vai além dos negócios, tem a ver com ter protagonismo para a vida. “A ideia é a de que a educação deve atuar como transformadora desses alunos e incentivá-los à quebra de paradigmas e ao desenvolvimento das habilidades e dos comportamentos empreendedores.

Mesmo em situação de distanciamento social, devido à pandemia, as escolas mantiveram os trabalhos do JEPP de forma bastante proativa. Ajustes como a readequação das aulas em suas plataformas de ensino e a prática de tarefas a distância são algumas das conquistas elencadas pela equipe.

Participando pela primeira vez do projeto, Maria Eduarda Oliveira, 13 anos, desenvolveu junto com a turma uma empresa de produtos e artesanatos com materiais recicláveis – a loja Eco Word. Para ela, que foi nomeada gerente da loja, a iniciativa proporciona muito aprendizado. “Eu gostei muito de ajudar na criação da empresa e divulgação da loja. Tivemos erros no percurso, mas tudo terminou bem. Trabalhar em equipe é muito bom”.