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Sesi e Senai formam as primeiras turmas do novo ensino médio em MT

10/12/2021 - 11h33
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Turmas foram diplomadas em cerimônia realizada no
Senai Cuiabá, com a presença de pais e professores

Há três anos, o Serviço Social da Indústria (Sesi MT), por meio do Sesi Escola, e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai MT) deram início a uma experiência pioneira na implementação do novo ensino médio, reforma da grade curricular aprovada por lei federal em 2017. Na quinta-feira (09/12), as primeiras turmas foram diplomadas em cerimônia realizada no Senai Cuiabá, com a participação de familiares, gestores e professores.

Protagonistas desta experiência inovadora, 126 estudantes, sendo 59 da unidade de Várzea Grande, e 67 da unidade de Cuiabá, receberam, além do tradicional certificado de conclusão, os diplomas de técnicos nas áreas de Redes de Computadores e Eletrotécnica.

A superintendente do Sesi MT e diretora do Senai MT, Lélia Brun, destacou que as instituições estão engajadas em promover educação de qualidade e, há décadas, vêm contribuindo na formação dos jovens brasileiros. “Fomos pioneiros na implantação do Novo Ensino Médio em todo Brasil, em especial em Mato Grosso. Enquanto as escolas públicas e privadas, que têm até 2022 para implementar a nova metodologia e estão dando os primeiros passos, a rede Sesi no estado forma, hoje, as primeiras turmas após três anos de muito aprendizado”.

De acordo com ela, esse é um momento histórico e de celebrar a superação de tantos desafios, tanto pelo novo formato de ensino, quanto pelo enfrentamento à pandemia. “Definitivamente, esses formandos são guerreiros e seguem sua trajetória levando, além do conhecimento adquirido, valores para a vida, como paciência, persistência e resiliência. Pontos que foram destaque durante essa jornada”.

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Reforma estabelece uma organização curricular mais flexível

A gerente de Educação do Sesi MT, Simone Cruz, lembra que o novo ensino médio propõe um currículo que objetiva o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao mundo do trabalho, preparando os jovens para as profissões de hoje e do futuro. “O aluno é o protagonista e a escola contribui no desenvolvimento da Projeto de Vida, por meio da sua proposta curricular, sendo que o estudante é quem decide qual área de conhecimento ele deseja aprofundar”.

Ela aponta que a reforma estabelece uma organização curricular mais flexível, com a oferta de uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC), organizada não mais por disciplinas, mas por competências e habilidades, que são divididas em quatro áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. A BNCC representa 60% da grade, enquanto os outros 40% ficam a cargo dos chamados itinerários formativos, “que apresentam diferentes possibilidades de escolha aos estudantes, de acordo com suas preferências e intenções de carreira”.

Protagonismo

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Anthony da Silva ingressou na instituição já com a
perspectiva de seguir atuando na área de tecnologia

Aluno do curso de Redes de Computadores, Anthony da Silva ingressou na instituição já com a perspectiva de seguir estudando e atuando na área de tecnologia. Já estagiando em uma empresa, o jovem afirma que aplica todo o conhecimento adquirido durante o curso em suas atividades diárias.

“Eu tenho perfil de ser mais empreendedor, por isso, penso em abrir meu próprio negócio na área, que vejo que ainda tem muito a crescer e se desenvolver”, relata o estudante, que pretende cursar a faculdade de Ciências da Computação e cursos diversos para aprimorar os conhecimentos.

Um dos formandos do curso de Eletrotécnica, Jeffisley Kauã Pereira afirma que foi um grande desafio para todo os envolvidos, tantos para os alunos, quanto para os professores. “O início foi difícil, mas com o passar do tempo, fomos nos acostumando e nos integrando cada vez mais. Nesta jornada, nos tornamos pessoas melhores e estudantes protagonistas, já que éramos acostumados com o método tradicional de ensino”.

Segundo o jovem, foi preciso sair do lugar comum, deixar velhos hábitos e se lançar em um mundo onde o aluno precisa se envolver, ser o centro do processo de ensino-aprendizado. “Tivemos que ir atrás de conteúdos e dos nossos autores, nos tornarmos desenvolvedores da nossa vida, conseguimos ter mais autonomia. Tudo isso, permitiu a preparação para as esferas profissional e pessoal”.

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Orgulhoso, Jackson Pereira comemora a conquista do filho e declara ser um entusiasta no novo formato de ensino. Como professor, ele destaca o processo de ensino-aprendizagem inovador e o grande envolvimento dos alunos, já que a matriz trabalha por áreas de conhecimento, o que favorece o desenvolvimento de uma visão holística do aluno em relação ao ensino.

“Meu filho sempre foi muito dedicado, mas percebemos o desenvolvimento e o crescimento dele durante o curso. “Ele se tornou ainda mais protagonista do que costumava ser. Apesar de um período as aulas terem sido on-line, os professores foram muito dedicados e deram o apoio necessário – o que nos alegrou e motivou meu filho. Estamos muito felizes por esse momento”, finaliza.

Texto: Viviane Saggin / Fotos: Micos Brow

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