‘Cápsula do tempo’ e plantio de ipê marcam história do Novo Ensino Médio do Sesi Escola de Cuiabá
Em uma ação para marcar a formatura das duas primeiras turmas do Novo Ensino Médio Sesi Senai, os estudantes do Sesi Escola Cuiabá criaram “cápsulas do tempo” repletas de cartas, bilhetes, fotos, objetos pessoais e um cartão SD, que só serão abertas em cinco anos. Além disso, os jovens plantaram uma muda de ipê no jardim da escola, como símbolo de preservação da flora do cerrado.
A ação surgiu como uma forma de sensibilizar os alunos a respeito da passagem do tempo, e para edificar as memorias deles de uma época que será contada às futuras gerações, como tendo sido as primeiras turmas no modelo de novo ensino.
O projeto começou a ser colocado em prática em setembro, por meio das disciplinas de matemática e ciências humanas e faz parte de um plano de conscientização histórica e ambiental. “Em cinco anos, muitos desses alunos já terão se formado em faculdades e a intenção é que eles retornem à escola em um evento de confraternização e para o desenterro das cápsulas e revisitar memórias de um tempo pandêmico. Será um momento de muita emoção!”, enalteceu a gerente da unidade, Alessandra Marangoni.
A ideia surgiu com o aluno Lucas Jackson que encontrou apoio no professor de matemática Wagner Lucas dos Santos, o Batata. Juntos, eles pensaram num local que pudessem deixar cartas e objetos por um longo período de tempo, por isso, foi selecionado dois canos de PVC (um para cada turma).
“A gente quis deixar as nossas memórias aqui da escola, com relatos do que mais gostamos de fazer, os desejos para o futuro, acontecimentos que marcaram nossas vidas, além de poder registrar como estão vivenciando a pandemia do coronavírus”, apontou Lucas, ressaltando que, concomitantemente, surgiu a ideia de plantar uma muda de árvore como símbolo de consciência ambiental e preservação ao meio ambiente.
Ele lembra que, como é um projeto, o intuito é que ele possa ter continuidade, sendo realizado com as próximas turmas de terceiros anos que se formarem. “Daqui para frente, poderemos ter várias árvores aqui, até mesmo como contribuição para a redução de geração de carbono da própria escola”.
Endrielly de Matos Silva, 17 anos, estuda na unidade desde o nono ano e confessa que sentirá saudades. “Eu passei por muitas instituições de ensino e aqui foi uma das únicas escolas aonde me senti acolhida, aonde mais me encontrei, porque foi onde eu parei de sofrer bullying. Aqiu, eu consegui me desenvolver muito em questões como comunicação, por exemplo, cheguei a dar palestra para uma plateia grande, para falar sobre a nossa vivência do ensino médio”, comemora, destacando que o convívio com os colegas é algo que vai ficar marcado: “Sentirei muita falta”.
As cápsulas foram enterradas ao lado da muda de ipê e serão abertas em 2026.