Com quatro equipes vencedoras, o Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) Mato Grosso obteve destaque na Mostra Estadual de Ciência Tecnologia e Inovação (MECTI), que tem como objetivo trazer a formação científica para o contexto da sala de aula e proporcionar aos alunos a vivência como condição para explicar os fenômenos de forma lógica, coerente e consistente, por meio de métodos de observação e experimentação.

Para o gerente de educação do Senai Mato Grosso, Carlos Braguini, o evento é uma oportunidade para que os projetos - idealizados em sala de aula pelos alunos com o apoio dos instrutores - ganhem visibilidade. “A iniciativa provoca o interesse dos jovens pela metodologia científica, além de contribuir com soluções e avanços da indústria”, exalta.

Os projetos foram apresentados por alunos de diversas unidades do estado na modalidade ensino técnico e concorreram nas categorias Economia Criativa, Engenharia e Ciências. Confira!
 

Banana Tubo

Na categoria Economia Criativa, o estudante Erik Morais do Senai Sinop foi um dos premiados com o projeto Banana Tubo, um canudinho de bebidas biodegradável feito a partir da casca de banana.

O protótipo foi fabricado sob supervisão da instrutora e engenheira de alimentos Kellen Mello e se mostrou viável, com baixo custo de produção, além de se projetar como solução para o lixo orgânico descartado, como é o caso da casca da fruta utilizada. Para a sua fabricação foram utilizadas apenas cascas de banana e água.

Novas soluções para materiais descartados

Os dois projetos apresentados pelo Senai Várzea Grande têm como objetivo criar novas soluções de reaproveitamento para materiais descartados pela indústria, como o vidro e os filamentos utilizados na impressão 3D.

No primeiro deles, os alunos Diego Aron, Davi Lopes e Jully Gabrielly Paixão desenvolveram alternativas para o reaproveitamento do filamento de impressoras 3D. A ideia dos estudantes é que o material descartado na confecção de protótipos seja usado pela indústria no desenvolvimento armações de óculos de baixo custo. 

O projeto, também vencedor na categoria Economia Criativa, trouxe reconhecimento ao instrutor Tiago Finati, que foi um dos orientadores premiados com uma bolsa oferecida pelo CNPq.

Outra iniciativa com soluções inovadoras, também desenvolvida no Senai Várzea Grande, é conhecida como Reglass. O propósito é reutilizar vidros descartados para a fabricação de matéria prima na construção civil.

As estudantes Isabela Gaudie, Anna Carolina Gomes, Allana Agostiny e Júlia Oliveira, que são as responsáveis por essa inovação e foram vencedoras da edição da mostra no anterior, receberam ainda um convite para se apresentar na Febrace, Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, na Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo, em 2022.

Ecotech

Já na categoria Engenharia, o vencedor foi o projeto Ecotech, idealizado pelos alunos Sérgio Fernandes, Guylherme Guedes e Kazou Vitor Moares, do Senai Rondonópolis em parceria com a Bom Futuro, com supervisão do instrutor Ricardo Ghisleni.

A proposta nasceu durante o Grand Prix da Inovação do Senai e já foi bem-sucedido em outras premiações. Ainda em fase de desenvolvimento, a Ecotech tem o objetivo de tornar mais viável a prototipagem realizada por impressoras 3D, que utilizam filamentos feitos de polímero (plástico) e, muitas vezes, acabam sendo descartados.

O intuito é reutilizar esses polímeros de descarte, reciclando plástico e outros protótipos, para a fabricação de novos filamentos. Esse ciclo reduz o custo das indústrias na fabricação de prototipagem e diminui o impacto ambiental.

Além destes, outros 11 projetos desenvolvidos por alunos do Senai Mato Grosso participaram da Mostra. Clique aqui para saber mais.