Um alimento tão apreciado ao redor do mundo que tem até um dia para chamar de seu. Nesta quarta-feira, 7 de julho, comemoramos Dia Mundial do Chocolate. Mas será que o alimento queridinho faz bem ou mal à saúde, existe quantidade indicada para o consumo, qual o tipo é o mais saudável? Para esclarecer essas e outras dúvidas, convidamos a nutricionista do Serviço Social da Indústria (Sesi) MT, Andreia Quadros, que conta sobre as propriedades benéficas para a saúde.

De acordo com a nutricionista, os chocolates com apelo saudável seguem uma tendência de alimentos funcionais, ou seja, com benefícios à saúde além de nutrição essencial. “Vemos o aumento da procura e do consumo da versão mais amarga, com teores cada vez mais altos de cacau e, consequentemente, de flavonóides naturalmente encontrados no cacau, além de sabor peculiar”.

Considerado um alimento nutritivo, além de saboroso, ele atua como fonte de proteínas, gorduras, cálcio, magnésio, ferro, zinco, vitaminas E, B1, B2, B3, B6, B12 e C. “Esses nutrientes somados proporcionam benefícios à saúde, se for consumido com moderação. Os polifenóis e flavonóides são foco de inúmeras pesquisas, devido aos comprovados efeitos antioxidantes quando ingeridos, seja na forma de chás, bebidas, ou mesmo alimentos sólidos, como os elaborados a partir de cacau ou chocolate”.

Andreia ressalta que dentre os efeitos benéficos estão o efeito anticarcinôgenico, anti-úlcera, antitrombótico, antiinflamatório, antialergênico, regulador do sistema imunológico, antimicrobiano, vasodilatador e analgésico. “Mais especificamente para os flavonóides do cacau e do chocolate, destaca-se sua ação na diminuição dos níveis de colesterol LDL, auxílio na manutenção da saúde cardiovascular e redução das lesões gástricas provocadas pelo consumo excessivo de álcool”.

De acordo com ela, o chocolate possui também a capacidade de estimular a produção de serotonina, um hormônio responsável pelo bom humor, auxiliando no combate da ansiedade e da depressão. “Porém, os teores de flavonoides encontrados variam para cada tipo, sendo a versão amarga a que mais apresenta compostos com reconhecida atividade antioxidante”, frisa Andreia.

O cacau apresenta cafeína que estimulante do sistema nervoso central, aumentando o estado de alerta e magnésio que ajudam na ansiedade, irritabilidade, fadiga e dores de cabeça.

Consumo moderado

Os especialistas alertam: os chocolates recomendados são os com maiores teores de massa de cacau, ou seja, os mais amargos, acima de 50% de cacau. Pois, são ricos em antioxidantes naturais e menos calóricos.

A versão escura do produto é preparada com a massa de cacau, além de açúcar, leite e outros ingredientes, conforme a receita especifica de cada variedade. Como a massa do cacau tem coloração marrom escura ela é responsável pelo tom do chocolate escuro. Já o chocolate branco é preparado com os mesmos ingredientes, exceto esta massa de cacau que é substituída pela manteiga de cacau - que dá ao produto sua coloração característica.

Apesar de fazer bem para a saúde a nutricionista não recomenda exageros. Por isso, não adianta sair comendo todo o chocolate do mundo para comemorar o dia mundial do chocolate. “É consenso que cerca de 30g de chocolate meio amargo, com teores acima de 50% de cacau, são suficientes para adoçar a vida e obter doses diárias de flavonoides, antioxidantes e polifenóis que fazem bem à saúde. Lembrando que, para os bebês de até 2 anos de idade, o chocolate ainda não pode fazer parte do cardápio. Até os 5 anos, 20g de chocolate é o mais recomendado”, finaliza.

Alimentação saudável

O Sesi mantém programas de Alimentação e Nutrição e Alimentação Saudável destinados aos trabalhadores das indústrias. Iniciativas que visam contribuir para a mudança de comportamento no que se refere à alimentação saudável na busca por saúde e qualidade de vida. Conheça o Alimentação e Nutrição e Sesi Viva Bem.