Colocar a ‘mão na massa’ é diferencial para estudantes no ensino médio integrado
O Novo Ensino Médio chegou com o objetivo de ajudar os jovens a se prepararem melhor para a vida e mercado de trabalho. O modelo disponibiliza diferentes possibilidades de escolhas aos estudantes por meio dos itinerários formativos, que focam nas áreas de conhecimento e também na formação técnica e profissional. Nesta trajetória destaca-se as aulas práticas, consideradas metodologia de trabalho ativa, que relacionam os aspectos teóricos vistos anteriormente a seus novos conhecimentos práticos.
Evandro Henrique dos Santos, 17 anos, aluno do terceiro ano do Novo Ensino Médio, habilitação em Eletrotécnica, do Sesi Senai Várzea Grande, afirma que a capacitação técnica profissional é o grande diferencial da modalidade. “A experiência que eu estou tendo com as aulas práticas no Senai são sensacionais, pois estou aplicando o conhecimento adquirido durante as aulas teóricas e gerando experiências nos laboratórios, que atendem corretamente com as condições práticas do curso”, aponta.
Para ele o ensino integrado aproxima os alunos das transformações que acontecem no mercado de trabalho, promovendo uma formação condizente com os tempos atuais e de alta qualidade.
As colegas Anna Carolina Costa e Allana Agostiny Moraes, de 17 anos, mencionam que as aulas práticas são necessárias, pois permitem que o aluno exercite os conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas, para que, assim, compreenda os desafios reais de um eletrotécnico, vivenciando as possíveis problemáticas da profissão.
“Os alunos são alocados em um ambiente semelhante a um local de instalação, tendo acesso aos equipamentos de proteção e ferramentas específicas. Diariamente, somos estimulados a realizar situações de aprendizagem que exigem interpretação de diagramas e habilidades físico motoras a fim de desenvolver saídas para situações com diversas variáveis”, apontam.
A coordenadora pedagógica do Senai Várzea Grande, Adriana Mateus da Mota, diz que a instituição foca as aulas práticas em situações de aprendizagem, com o intuito de levar até o estudante situações que se aproximem da realidade da indústria.
“A integração da educação básica com a educação profissional responde aos anseios de jovens que precisam ter formação de qualidade, que os ajude na sua inserção no mundo do trabalho. O objetivo é entregar ao mercado de trabalho um profissional completo, tanto no âmbito intelectual quanto no cognitivo com a capacidade de resolver problemas e dar soluções criativas e inovadoras”, relata.
Adriana explica que, para isso, são ofertadas metodologias ativas e ferramentas como sala de aula invertida, pedagogia de projetos, rotação por estação, gamificação, aprendizagem baseada em problemas.
Segundo a coordenadora regional de Educação do Sesi, Cintia Silva, as aulas práticas previstas nas matrizes curricular são de extrema relevância e importância na formação e desenvolvimento dos alunos. “Nos laboratórios, eles irão colocar a mão na massa e pôr em prática os conhecimentos teóricos aprendidos durante as aulas”, argumenta.
Cintia aponta ainda que o Sesi e Senai, seguindo todas as normas de biossegurança, se adaptaram para garantir aos alunos as aulas práticas - que são indispensáveis para a formação integral dos estudantes. “É a construção de conhecimentos e representações que deem sentido às experiências e validem as ações cotidianas deles. Nessa proposta, o estudante é sujeito ativo, coautor do processo de produção e apropriação do conhecimento e, durante as aulas práticas, todos se sentem motivados e conseguem aprender muito mais”.