Joaleide Cristina Matos do Nascimento de 45 anos estava sem trabalho quando ficou sabendo das vagas para o curso de Costura do programa Qualifica Cuiabá. “Sempre quis costurar e quando fiz o curso me realizei. Não é só chegar e fazer uma roupa como as pessoas pensam, existem técnicas, moldes, modelagens, cálculos, e tudo isso eu aprendi no curso”.

Ela está montando um ateliê e já começou a divulgar nas redes sociais todas as peças. “Estou produzindo até vestido de debutante e tenho várias encomendas. Essa foi uma oportunidade muito grande para ver que a minha vocação está na costura”. Além dela, outras 700 pessoas receberam os certificados de conclusão em cursos de qualificação nas áreas de alimentos, construção civil, vestuário, informática e gestão.

O programa, idealizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Desenvolvimento Humano (SMASDH) e executado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai MT), alcançou as quatro regiões da capital, por meio das 14 unidades existentes dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).

O objetivo foi ampliar a geração de emprego e renda das famílias carentes, além de promover a inclusão social por meio do acesso a esses cursos profissionalizantes. De acordo com o secretário municipal de Assistência Social e Desenvolvimento Humano, Wilton Coelho, para 2019, o programa deverá triplicar o número de vagas.

O gerente da unidade do Senai Mato Grosso, Carlos Braguini, revela que 83% do público atendido são mulheres e, do total, 13% Pessoas com Deficiência (PCD). “Nós realizamos toda a adaptação necessária para garantir a inclusão. Essa é a missão do Senai e nos sentimos muito honrados em garantir a qualificação de todas essas pessoas”. Para o próximo ano, o Senai deverá ampliar as regiões atendidas e ofertar novos cursos de qualificação e técnicos.

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, lembrou que 1/3 dos estudantes capacitados são jovens de 14 a 24 anos em busca do primeiro emprego e o segundo grande público tem 40 anos ou mais. “Esses dois grupos tem dificuldade para entrar no mercado de trabalho, pois as empresas não querem empregar jovens sem experiência ou absorver profissionais com mais de 40 anos. Embora vivam o auge da vida e da capacidade produtiva nem sempre essas pessoas são priorizadas na hora da contratação. Esse programa certamente ajudará a abrir essas portas para o mercado profissional”.

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