Promover um ambiente de trabalho seguro e saudável, que facilite o cumprimento das obrigações legais, reduz custos e aumenta a competitividade das indústrias mato-grossenses. Esse é o objetivo do Sesi Viva Mais, a nova plataforma de gestão de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), lançada pelo Sesi MT nesta quinta-feira (14/03), em Cuiabá.

“Os custos das empresas brasileiras com saúde e segurança do trabalhador são em torno de R$ 40 bilhões”, alertou o gerente executivo de saúde e segurança na indústria do Sesi Nacional, Emmanuel Lacerda. “As empresas estão cada vez mais preocupadas em fazer ações de prevenção para ter um trabalhador mais saudável, mais seguro e com custos reduzidos em relação às questões legais e ocupacionais ou demais benefícios relacionados, como plano de saúde”. disse.

A plataforma Sesi Viva Mais é um ambiente digital onde centraliza os dados de saúde e segurança e o estilo de vida do trabalhador da indústria. Dessa forma, será possível gerar informações estruturadas e qualificadas, além de estudos epidemiológicos. A ação contribui diretamente com a prevenção de acidentes, redução de riscos legais e com custos com saúde e afastamentos. O resultado é aumento da produtividade no trabalho e maior competitividade da indústria.

Por meio da plataforma, será possível extrair as informações exigidas pelo eSocial, facilitando assim o cumprimento da legislação. “O papel aceita tudo, a escrituração não. Entramos numa era digital. Essas empresas terão que comprovar que cumprem as obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas, inclusive obrigações de saúde e segurança, dentro de um ambiente digital de modo escriturado”, alertou o médico do trabalho, Gustavo Nicolai, que ministrou palestra sobre o impacto do eSocial na gestão de SST.

“Vamos deixar de fazer comunicação de acidente de trabalho, que passa a ser feitas via eSocial, como também será a informações do Atestado de Saúde Ocupacional (ASO). Isso não suprime a necessidade do ASO, é mais uma obrigação legal. Serão informados os exames toxicológicos do motorista profissional, os fatores de risco no ambiente que o trabalhador está exposto durante a sua vida laboral e os treinamentos obrigatórios em SST. Nesse contexto, se passa a colher o histórico da vida laboral desse trabalhador dentro da empresa, de modo escriturado e digital”, ressaltou Nicolai.

De acordo com Lacerda, atualmente, apenas 5% das empresas brasileiras são fiscalizadas no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego. O eSocial, ele alerta, fiscaliza 100% de forma virtual e direcionada, como no modelo do imposto de renda, por auto declarações. “É uma nova era para a gestão de SST. É o último projeto do governo relacionado ao SPED Fiscal. Não é trivial e nem simples, vai expor as empresas a muita insegurança jurídica, porque tem uma tecnicidade muito forte no cumprimento legal dessas obrigações. E o Sesi tem o melhor preparo e maior capacidade técnica e de tecnologia para poder dar suporte às empresa”, afirmou.

Segundo o presidente do Sistema Fiemt, Gustavo de Oliveira, a plataforma integra uma grande estratégia de apoio às indústrias. “O eSocial é um programa muito completo, que envolve informações muito precisas, cada uma a seu tempo e com parâmetros muito específicos que precisam ser respeitados. E o não atendimento a essas e obrigações geram penalidades vultuosas às empresas, algumas ultrapassam 200 mil reais. Para isso, o Sesi Viva Mais é uma grande resposta que podemos dar para apoiar os empresários nessa difícil missão de cumprir mais uma grande etapa de burocracia nesse país”, disse.

“A Plataforma muda o modelo de negócio do Sesi na área de saúde e segurança no trabalho, e gestão de saúde como um todo. É uma nova forma de atuar junto às empresas. Nos estados que já implantamos, a receptividade tem sido excelente, seja pela exigência do eSocial ou pelas mudanças que as empresas têm na gestão corporativa de saúde. Parabenizo Mato Grosso pelo pioneirismo em estar apostando nesse apoio às empresas, elas vão precisar muito de soluções como essa do Sesi Viva Mais”, concluiu Lacerda.

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