Há 11 anos a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia dois de abril como a data Mundial da Conscientização do Autismo. Segundo dados do Centro de Controle e Prevenções de Doenças (CDC), órgão norte-americano, estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil tenham autismo.

Apesar de data específica, o mês de abril acabou se tornando um período de conscientização da síndrome que, dizem os profissionais de saúde, quanto mais precocemente diagnosticada, melhores serão os resultados positivos na comunicação e socialização das crianças e adolescentes.

Este é o caso de Igor Martins Borges, 13 anos. O estudante recebeu o diagnóstico aos quatro anos e meio. Atualmente, cursa o oitavo ano e frequenta o Sesi Escola em Várzea Grande desde o sexto. Segundo sua mãe, Eliana Patrícia Martins Borges, o jovem acompanha bem a turma nas atividades do dia a dia. “O Sesi Escola tem muitos diferenciais positivos. Começando por matérias como Robótica e Música, que têm teoria e prática, que para ele é fundamental. Outras, como História e Arte, estão entre as preferidas. Fora isso, em conteúdos que exigem cálculos e nos quais ele tem algum grau de dificuldade, Igor conta com auxílio”, explica a mãe.

Além das aulas regulares, Igor também joga futsal, uma das diversas atividades extracurriculares da escola. Conforme o professor de Educação Física, o menino colhe os frutos da prática. “Sabemos do esporte como benefício para saúde de forma geral, mas no caso do Igor, percebemos também ajuda na coordenação motora e na socialização com os colegas. Aqui é o espaço para ele interagir, comemorar os gols e brincar com todos”, disse Giuliano Cordavani.

Também são ofertadas aulas de orquestra, educação tecnológica, ensino bilíngue, ballet e Língua Brasileira de Sinais (Libras). “A história de Igor mostra que estamos no caminho certo. A educação inclusiva muda vidas e muda a relação dessas famílias com as instituições escolares. Inclusão é isso: que todos se sintam acolhidos, tenham sentimento de pertencimento e ambientes de aprendizagem favoráveis”, afirmou a coordenadora de Responsabilidade Social Sesi e Senai de Mato Grosso, Denise Molina.

Outros diferenciais do Sesi Escola na educação em Mato Grosso estão em conteúdos, aulas e projetos que abordam, por exemplo, o empreendedorismo e a metodologia da Escola da Inteligência, desenvolvida pelo psiquiatra e escritor Augusto Cury, com foco no desenvolvimento das habilidades socioemocionais dos alunos. “Nós percebemos que quando a família e escola estão unidas e comprometidas, o desenvolvimento dos alunos, como é o caso do Igor, é muito maior e melhor”, disse a diretora do Sesi Escola em Várzea Grande, Joana Angela da Silva e Silva.