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Sesi e Senai são instituições que mais contribuem para a formação profissional no Brasil

30/07/2019 - 09h16

Criados há quase 80 anos para auxiliar no desenvolvimento da indústria e no fortalecimento economia do Brasil, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Social da Indústria (SesiI) são considerados, pelo setor privado, como as entidades que mais contribuem para a qualificação profissional no país. Sondagem - realizada pelo Instituto FSB Pesquisa com 4 mil empresários de todo país - aponta que as instituições têm imagem altamente positiva e cujas atuações têm altas taxas de aprovação no setor privado.

Os empresários ouvidos são CEOs, presidentes, vice-presidentes e sócios de empresas de micro, pequeno, médio e grande portes de todo país. A pesquisa buscou avaliar a percepção sobre a qualidade do ensino técnico no Brasil, a qualidade da educação básica técnica e profissional oferecida por Sesi e Senai e a imagem que os empresários têm das instituições, em comparação com outros atores do ensino técnico. Numa escala de 0 a 10, as entidades do chamado Sistema S receberam nota 7,0 por sua contribuição à qualificação profissional, frente aos 6,3 da rede privada e 4,9 da rede pública.

Quando se referem aos cursos do Senai e às ações de educação do Sesi, a opinião também é positiva. Para 83,2% dos entrevistados, os cursos do Senai são ótimos ou bons, enquanto 77,4% têm a mesma visão sobre as ações do Sesi. Quando perguntados sobre a imagem de Sesi e de Senai, 89,7% a consideram positiva. A parcela que avaliou como negativa somou 2,5%. Em relação ao trabalho realizado pelas duas instituições, 35,4% dos entrevistados consideram como ótimo e 49,8% bom, enquanto 1% percebem a atuação das duas casas como ruim ou péssima.

“O Sesi e o Senai têm um elevado reconhecimento da população brasileira com relação ao indispensável trabalho que realizam na qualificação de mão de obra de trabalhadores de vários setores, na formação de jovens de baixa renda e em ações para o aumento da produtividade e da inovação no setor industrial brasileiro”, diz o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. Segundo ele, as instituições servem ao objetivo de atender e antecipar as diversas demandas dos diversos setores da indústria. "A qualificação permanente e atualizada da mão de obra exige sinergia e simbiose com quem produz.

A diretora regional do Senai MT e superintendente do Sesi MT, Lélia Brun, diz que o resultado reafirma todo o esforço em garantir acesso à educação profissional e tecnológica para quem precisa. "Sabemos que esse é o caminho para um estado desenvolvido e competitivo. A educação que buscamos transcende as habilidades técnicas, pois forma profissionais autônomos, competentes, de atitude e à frente do mercado. Estamos muito felizes em saber que esse trabalho tem o reconhecimento da indústria e da sociedade”, pontua

FORMAÇÃO PROFISSIONAL - O ensino técnico no Brasil, como um todo, tem avaliação positiva, sendo considerada ótima ou boa para 47,3% dos empresários ouvidos e regular 38,4%. Uma ampla maioria (84,1%) aponta aspectos positivos do ensino técnico, sendo a qualidade dos cursos (32,3%), oportunidade emprego/estágio (11,9%) e formação dos trabalhadores (8,5%) os atributos mais citados. Em relação ao SENAI, 87% citaram pontos positivos da instituição e indicaram, de forma espontânea, a qualidade dos cursos (41,2%), a formação de trabalhadores (13,4%) e os cursos (9,8%) como seus principais atributos.

O ensino técnico e profissional, aliás, é a principal referência feita pelos empresários quando perguntados sobre o SENAI. As citações ligadas à qualificação do trabalhador chegam a quase 60% das menções espontâneas dos entrevistados, sendo “ensino técnico/profissionalizante” a mais dita (30,2%), seguida de “cursos” (16,2%) e “cursos voltados para a indústria (12%). Os cursos técnicos são, de forma destacada, as ações e atividades desenvolvidas pelo SENAI que são as mais conhecidas dos empresários, citados espontaneamente por 78,7% dos ouvidos.

A educação básica e outras modalidades de ensino oferecidas pelo Sesi também contam com reconhecimento dos empresários da indústria. Em relação à opinião dos entrevistados, 60,5% citaram algum ponto positivo sobre a instituição, sendo a qualidade dos cursos (14,5%) a formação dos trabalhadores (9,1%) e ações de lazer e cultura (8,2%), além de trabalhos sociais realizados (7,2%).

SERVIÇOS – Além de serem reconhecidas como referência em educação voltada para o mundo do trabalho, serviços prestados por Sesi e Senai de apoio à atividade industrial também têm avaliação positiva entre os empresários industriais. As soluções de tecnologia e inovação oferecidas pelo Senai, por exemplo, são consideradas como ótimas ou boas por 68,2% dos ouvidos. Os serviços de promoção de saúde e segurança do trabalho (SST) oferecidos pelos Sesi às empresas industriais, por sua vez, são considerados ótimos ou bons por 45,9% dos entrevistados.

GESTÃO DOS RECURSOS – Como integrantes dos Serviços Sociais Autônomos – o chamado Sistema S – são financiados por contribuições compulsórias recolhidas sobre as folhas de pagamento das empresas industriais. Para os ouvidos, em relação ao modelo de gestão de recursos, 78,3% consideram que as entidades empresariais são as que têm maior capacidade para administrar os recursos, enquanto 11,6% avaliam que a atribuição deve ficar com o governo e 4,3% consideram que deve ficar com ambos. Entre eles, 84,1% concordam total ou parcialmente que a gestão privada garante maior eficiência à utilização dos recursos utilizados na educação profissional.

A pesquisa também consultou os empresários sobre sua percepção da relação custo-benefício da contribuição compulsória para financiamento das atividades do Sesi e do Senai de apoio à atividade industrial. Mais da metade (55,1%) a consideram muito boa ou boa, enquanto 19% a percebem como regular. Apenas 9,5% dos entrevistados avaliam a relação custo-benefício como ruim ou muito ruim. Em relação ao eventual uso dos recursos para outras finalidades, como alocação para o ajuste fiscal ou o financiamento da Previdência, os empresários se mostram amplamente contrários: 76,4% discordam em parte ou totalmente com propostas neste sentido.

PRINCIPAIS CONCLUSÕES DA PESQUISA COM EMPRESÁRIOS

À 57,3% dos empresários avaliam como ótimo ou bom o ensino técnico e profissional no Brasil

À 85,2% dos empresários avaliam o trabalho do Sesi e do Senai como bom ou ótimo

À 89,7% dos empresários têm imagem positiva ou muito positiva do Sesi e do Senai

À A qualidade dos cursos do Senai é tido como seu principal ponto forte por 41,2% dos ouvidos

À Com nota 7,0, as entidades do Sistema S são as que mais contribuem para a qualificação profissional. A rede privada de ensino, com nota 6,3, e rede privada (4,9) contribuem em menor medida, segundo os empresários.

À 91,2% dos empresários têm imagem positiva ou muito positiva do Senai. Para o Sesi, esse percentual é de 79,4%

COMO DIFERENTES PÚBLICOS PERCEBEM O SESI E O SENAI


Além de prospectar a percepção de empresários da indústria, o Instituto FSB Pesquisa realizou outras três sondagens para colher a opinião de públicos sobre a atuação do Sesi e do Senai. Nesse sentido, foram ouvidos 200 jornalistas de todo país, 75 stakeholders (seleto grupo de altos executivos) e 273 parlamentares. Seguem as principais conclusões das pesquisas por público:

Empresários

Jornalistas

Stakeholders

Parlamentares

Imagem

89,7% avaliam como ótima ou boa

90% avaliam como
ótima ou boa

84% avaliam como ótimo ou boa

79,1% avaliam como ótima ou boa

Atuação

85,2% avaliam como ótima ou boa

91,5% avaliam como ótima ou boa

85,3% avaliam como ótima ou boa

70,8% avaliam como ótima ou boa

Gestão dos recursos

78,3% concordam que gestão privada é mais eficiente

91% concordam que gestão privada é mais eficiente

88% concordam que gestão privada é mais eficiente

70% concordam que gestão privada é mais eficiente

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