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Rotina em lar de idosos é quebrada com visita de estudantes do Sesi Escola VG

27/09/2019 - 09h10

A conduta baseada na solidariedade e na empatia levou 40 alunos das turmas matutino e vespertino do 8º ano do Sesi Escola Várzea Grande a vivenciarem uma experiência emocionante. Na quinta-feira (26), os jovens trocaram as salas de aula por uma manhã ao lado de 66 idosos que vivem no Lar São Vicente de Paulo, no bairro Jardim Paula II, na cidade industrial.

A ação é uma das atividades da disciplina de Empreendedorismo e Inovação, como parte do projeto JEPP - Jovens Empreendedores Primeiros Passos, desenvolvido em parceria com o Sebrae, que compõe a matriz curricular da escola e tem como finalidade a educação empreendedora.

Além de passar algumas horas com os moradores do local, os estudantes ofereceram um café da manhã e realizaram a entrega de alimentos não perecíveis, produtos de higiene e de limpeza arrecadados durante a campanha de doações, promovida por eles na unidade escolar. Os jovens também presentearam os senhores e senhoras com um conjunto de pijamas. A programação contou ainda com apresentações de música e teatro.

A aluna Amanda de Oliveira Vieira, 13 anos, do 8º ano A, se sentia especialmente emocionada, afinal ela é a sortuda da turma que tem o privilégio de conviver com a bisavó em casa – uma senhora de 83 anos, muito amada pela bisneta e por toda a sua família. “Me sinto muito honrada em estar hoje neste local. No meu caso, que tenho uma bisavó, posso dizer que precisamos cuidar dos nosso idosos, dos nossos pais, dos nossos avós. Um dia seremos nós que vamos necessitar de cuidados e carinho”, pontuou.

Para ela é essencial que crianças e adolescentes tenham um olhar atencioso para o próximo, que tenham empatia e consigam pensar em alternativas para um mundo melhor. Compartilhando da mesma opinião, a amiga Maria Clara da Silva, 12 anos, ressalta que a atividade no lar tinha como principal objetivo despertar o sentimento de humanidade entre os estudantes – o que, em sua opinião, foi alcançado.

“Além de podermos ajudar os mais necessitados, buscamos incentivar outras pessoas a participar. A escolha pelo abrigo foi em comum acordo com os colegas – que consideraram a situação de abandono pela qual a maioria dos idosos que vive na casa passa. Muitos deles foram abandonados pelas pessoas que eles criaram, isso é muito triste”.

Beatriz Vitória Gauto Hruba, 13 anos, do 8º ano B, reafirma que a intensão de todos os colegas foi promover um momento de integração e aprendizado. “Viemos trazer mais um pouco de carinho e amor para essas pessoas que vivem aqui. Além disso, conseguimos arrecadar muitos alimentos e produtos que vão contribuir para o conforto deles”, comemorou.

Para a coordenadora pedagógica do 6º ano ao Ensino Médio do Sesi Escola Várzea Grande, Luciana Brandão, é muito importante que a escola desenvolva projetos que despertem a compaixão e o espírito solidário entre os estudantes. “A solidariedade é um dos valores que sustentam as ações da escola, na direção de uma educação transformadora”, avalia.

A educadora reafirma que é preciso que o jovem se coloque no lugar do outro, principalmente do outro que sofre, das pessoas menos favorecidas na sociedade. “Eles têm que ser capazes de agir, de tomar atitudes que possam dar um alento e confortar”.

Melhoria da autoestima

A secretária executiva do Lar dos Idosos, Luzia de Fátima da Silva, lembrou que o abrigo é uma unidade filantrópica que necessita de muitas doações. Para ela, além dos donativos de materiais, produtos e alimentos, é muito importante para os idosos o convívio com outras pessoas.

A casa atende, atualmente, 66 idosos, sendo 31 mulheres e 34 homens. Alguns recebem visitas diariamente, já outros são visitados esporadicamente, e a maioria, tristemente, nunca recebeu. “Tem pessoas que vivem aqui há mais de 20 anos e nunca foram procurados por familiares”.

Luzia declara que a interação entre os jovens e os internos da casa é muito benéfica, tanto na questão emocional, quanto na social. “Em ocasiões como esta, percebemos que após as visitas, eles se sentem mais animados e felizes. É bom para autoestima deles também”, finaliza.

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